A Iata estima um lucro líquido de US$ 36 bilhões para a aviação em 2025. A cifra representa uma alta anual de 11%, mas é menor do que os US$ 36,6 bilhões previstos inicialmente pela associação em dezembro de 2024.
As projeções para as receitas totais também foram reduzidas. A cifra esperada agora é de US$ 979 bilhões ante US$ 1 trilhão anteriormente. Ainda assim, se confirmada, será recorde para o setor, representando crescimento de 1,3% em relação ao ano anterior.
O maior impulso positivo para os resultados deste ano deve ser o o preço do combustível, que caiu 13% em relação a 2024 e está 1% abaixo das estimativas anteriores, segundo o diretor-geral da Iata, Willie Walsh. "Além disso, prevemos que as companhias aéreas transportarão mais pessoas e mais carga em 2025 do que em 2024, mesmo que as projeções anteriores de demanda tenham sido prejudicadas por tensões comerciais e quedas na confiança do consumidor", comenta.
Diante desse cenário, a estimativa para a margem de lucro líquido foi atualizada de 3,6% para 3,7%. Em 2024, o indicador ficou em 3,4%. Walsh destaca que o patamar ainda representa cerca de metade da lucratividade média em todos os setores. "Mas, considerando os ventos contrários, é um resultado forte que demonstra a resiliência que as companhias aéreas trabalharam arduamente para fortalecer", pondera o executivo.
A projeção para o retorno sobre o capital investido, por sua vez, se manteve praticamente inalterada em 6,7%, com leve melhora ante a taxa de 6,6% reportada no ano anterior.
Receitas e passageiros
A Iata prevê que a receita de passageiros deverá atingir US$ 693 bilhões em 2025, crescimento anual de 1,6% e recorde histórico. Esse valor será impulsionado por US$ 144 bilhões adicionais em receitas auxiliares, 6,7% acima de 2024. Já as receitas com carga são estimadas em US$ 142 bilhões em 2025, queda de 4,7% ante 2024.
O crescimento do número de passageiros, medido por passageiros-quilômetro transportados (RPK) deverá ser de 5,8% neste ano - uma normalização significativa após o crescimento excepcional de dois dígitos da recuperação da pandemia, avalia a associação.
A expectativa é de que o yield de passageiros caia 4% em comparação com 2024. Isso reflete, em grande parte, o impacto da queda nos preços do petróleo e da forte concorrência no setor. "Isso dará continuidade à tendência de viajantes se beneficiarem de viagens aéreas cada vez mais acessíveis", afirma a Iata. A tarifa aérea média real de ida e volta deverá ser de US$ 374 em 2025, 40% abaixo dos níveis de 2014.
(Com Agência Estado)
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