Haddad ressaltou que a inflação está em baixa, chegando inclusive a marcar deflação no grupo de alimentação e bebidas na última medição do IPCA-15, ao mesmo tempo em que o Federal Reserve acena com a possibilidade de retomar o ciclo de corte de juros nos Estados Unidos.
Questionado durante a entrevista sobre por que o governo não ataca o presidente do BC, Gabriel Galípolo - indicado por Lula e que manteve o ciclo de aumento dos juros -, como fazia com Roberto Campos Neto, Haddad respondeu que teve apenas dois momentos de divergência com o ex-chefe do BC. O primeiro deles foi em torno do início do último ciclo de corte de juros que, para Haddad, deveria ter começado antes.
A segunda divergência foi na mudança de forward guidance anunciada por Campos Neto em um encontro com investidores promovido pela XP em Washington, em abril do ano passado. Até aquele evento, o mercado operava com a sinalização de que o Comitê de Política Monetária (Copom) seguiria cortando os juros a um ritmo de 0,5 ponto porcentual. Campos Neto, no entanto, disse naquele encontro que incertezas poderiam levar o BC a rever a sinalização, o que levou os investidores a prever diminuição no ritmo de relaxamento monetário, o que acabou acontecendo no mês seguinte.
Nesta sexta, mais uma vez, Haddad disse que as últimas elevações dos juros, com o BC sob o comando de Galípolo, foram contratadas na última reunião do Copom presidida por Campos Neto, quando os juros subiram 1 ponto porcentual. No encontro, realizado em dezembro, o comitê indicou a repetição da dose - ou seja, novos aumentos de 1 ponto porcentual da Selic - nas duas primeiras reuniões deste ano.
(Com Agência Estado)
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