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Economia Quarta-feira, 16 de Julho de 2025, 18:00 - A | A

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Quarta-feira, 16 de Julho de 2025, 18h:00 - A | A

Com melhora em NY, Ibovespa interrompe série negativa, aos 135,5 mil pontos

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

O Ibovespa lutou para reter a linha dos 135 mil pontos no fechamento desta quarta-feira, 16, perto da estabilidade como ontem, mas hoje enfim em viés levemente positivo, interrompendo, assim, série negativa que se alastrou por sete sessões - a mais longa sequência negativa desde agosto de 2023. Entre a mínima e a máxima do dia, oscilou dos 134.265,30 aos 135.640,67 pontos, saindo de abertura aos 135.250,10 pontos. O giro subiu para R$ 33,4 bilhões na sessão, em dia de vencimento de opções sobre o Ibovespa. Na semana, o índice da B3 recua 0,50% e, no mês, cede 2,41% - no ano, ainda avança 12,66%. No fechamento, o Ibovespa mostrava hoje leve alta de 0,19%, aos 135.510,99 pontos.

O sinal positivo se firmou à tarde, como em Nova York, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vir a público desmentir relatos quanto a uma demissão iminente, por iniciativa sua, de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, a quem tem criticado publicamente desde o começo do segundo mandato na Casa Branca pelo que considera ser uma insistência em manter juros elevados, em nível além do que seria exigido pelo momento atual da economia americana.

O jornal The New York Times reportou que Trump teria mostrado rascunho de uma carta de demissão do presidente do Fed a deputados republicanos, na noite de ontem. Mas ele negou, hoje, que planeja demitir Powell, embora tenha voltado a fazer críticas ao chefe do Fed - inclusive, hoje, levantando suspeitas quanto à conduta à frente de reforma da instituição. "Powell pode sair da presidência do Fed por fraude. A menos que haja fraude na reforma, não vamos demitir Powell", disse Trump publicamente nesta quarta-feira, acrescentando ser "mais conservador que os republicanos sobre a demissão" - que, segundo ele, "gostaram da ideia".

Os relatos sobre a iminente demissão ou permanência de Powell no comando do Fed até o fim de seu mandato, em maio de 2026, dominaram os negócios com ativos financeiros, aqui e no exterior, ao longo do dia. No início da tarde, antes de Trump vir a público desmentir os rumores sobre demissão, o mercado elevou, para 66%, a aposta de corte de juro pelo Federal Reserve em setembro, segundo ferramenta de monitoramento do CME Group, enquanto circulavam as informações de que o presidente americano o afastaria. Mais cedo, o mercado estimava em 55,6% a chance de corte de juros em setembro.

"Muitas pessoas querem o emprego de Powell, já me ligaram implorando para terem o trabalho", disse também Trump nesta quarta-feira. A ambiguidade apareceu também em outro comentário, no qual o presidente americano afirmou acreditar que Powell esteja sendo investigado por fraude na reforma do Fed, sem entrar em detalhes.

Prêmio Nobel de Economia, Paul Krugman avalia que, apesar das ameaças e do desgaste acumulado, Trump não conseguirá demitir o presidente do Federal Reserve antes do fim do mandato de Powell. O problema é quem virá depois, afirma Krugman, alguém que, ao que tudo indica, "fará o que ele Trump quiser".

Considerado um dos favoritos a substituir Powell no Fed, o diretor do Conselho Econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, voltou a criticar, hoje, o banco central americano. Em entrevista à Fox Business, acusou o Fed de estar "muito, muito lento" no processo de relaxamento monetário. "O que precisa acontecer é que o Federal Reserve precisa voltar à curva onde os juros devem estar", afirmou.

"Há uma piora de dinâmica para a Bolsa brasileira, que colocou hoje o Ibovespa abaixo dos 135 mil pontos, na mínima do dia", diz João Piccioni, CIO da Empiricus Asset. De ontem para hoje, além das questões em torno de Powell, a mira da Casa Branca em relação ao Brasil pareceu ainda mais calibrada para causar o máximo estrago, com a decisão do governo americano de lançar investigação sobre práticas comerciais do País que seriam danosas aos Estados Unidos.

Em outro desdobramento, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgou nesta quarta-feira que o governo federal enviou, ontem, uma carta à gestão de Donald Trump sobre as tarifas de 50% anunciadas para o Brasil, com vigência prometida para 1º de agosto. Conforme o MDIC, a carta critica a taxação, mas cobra respostas à busca por diálogo - o que estaria sendo tentado de forma oficial pela diplomacia brasileira desde meados de maio.

Nesse contexto, o fôlego curto do Ibovespa em relação à recuperação um pouco mais visível em Nova York nesta tarde - onde os ganhos chegaram a 0,53% (Dow Jones) no fechamento - envolve também incertezas sobre matérias domésticas, observa Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença. "Há também a incerteza sobre o IOF, pesquisa Genial/Quaest, mostrando melhora da popularidade do presidente Lula, além das tarifas dos Estados Unidos e, agora, esse novo imbróglio do Departamento de Comércio americano, que acentua as próprias preocupações tarifárias. Nada anima", acrescenta.

Assim, na B3, dentre as blue chips, apenas Vale (ON +0,91%) e Itaú (PN +0,49%) avançaram nesta quarta-feira - destaque também para Gerdau (PN +0,36%) e Metalúrgica Gerdau (+0,33%). Petrobras ON e PN fecharam o dia em baixa de 0,86% e 0,50%, pela ordem. Na ponta ganhadora do Ibovespa, Pão de Açúcar (+10,66%), WEG (+3,66%) e RD Saúde (+3,29%). No lado oposto, Usiminas (-4,52%) - após o Goldman Sachs rebaixar a recomendação da ação, de compra para neutra, destaca Josias Bento, sócio da GT Capital -, à frente de Braskem (-4,51%) e de Embraer (-3,86%). Entre os maiores bancos, à exceção de Itaú, as perdas da sessão ficaram entre 0,10% (BB ON) e 0,43% (Bradesco ON).

(Com Agência Estado)

 

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