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Cuiabanália Domingo, 09 de Novembro de 2014, 09:01 - A | A

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Domingo, 09 de Novembro de 2014, 09h:01 - A | A

PRODUÇÃO MATO-GROSSENSE

TV Brasil exibe Filme Manoel Chiquitano nesta segunda-feira

O documentário foi produzido na fronteira de MT com a Bolívia e expõe conflitos na região entre indígenas e fazendeiros

DA REDAÇÃO


Atenção cinéfilos e amantes da sétima arte, a TV Brasil veiculará na próxima segunda-feira (10), às 19h30, o filme Manoel Chiquitano Brasileiro (26’, 2013), dirigido pelos jornalistas mato-grossenses, Glória Albuês e Aluízio de Azevedo. A obra concorreu com mais de 800 roteiros de todo o país e foi uma das 15 vencedoras do Edital de Apoio a Documentários Etnográficos sobre Patrimônio Cultural Imaterial (Etnodoc 2011).

Divulgação

Segundo a Gerente de Licenciamentos da TV Brasil, Vanessa Thomazini, a produção, que retrata os dramas vividos pelo povo Chiquitano em Mato Grosso e na Bolívia, vai ao ar na “Série de documentários Etnodoc”, que teve início na TV Pública no dia 27 de outubro e segue até o dia 13 de novembro. “Todos os 15 filmes produzidos serão exibidos na programação entre segunda e sexta-feira, sempre as 19h30”, destaca, ao lembrar que outras informações sobre os filmes vencedores e sobre Manoel Chiquitano Brasileiro podem ser encontradas no endereço eletrônico da TV: http://tvbrasil.ebc.com.br/etnodoc.

Patrocinado pela Petrobrás, o curta-metragem retrata dois dramas: a luta de um homem solitário que percebe ser necessário documento de identidade para alcançar a nacionalidade brasileira, mesmo sendo ele, um índio. E a luta coletiva do povo Chiquitano, que atravessa um conflito de identidade étnica, mas vem buscando a demarcação de suas terras tradicionais e mantendo sua cultura, apesar das pressões que sofrem dos políticos de Mato Grosso e dos grandes fazendeiros e pecuaristas da região.

A película evidencia que mesmo diante de todas as pressões, os chiquitanos resistem, mantendo tradições seculares, como a Romaria de Santanna que sai do povoado de Santanna na Bolívia e percorre dezenas de comunidades brasileiras e bolivianas durante 60 dias, inclusive a comunidade de Santa Aparecida, no Mato Grosso, onde vive Manoel.

"Somente depois dos estudos de impacto ambiental realizados em 1998 para construção do gasoduto Brasil-Bolívia, que o Estado brasileiro levantou uma questão silenciada durante séculos: a presença do povo chiquitano na região. Neste contexto, buscamos mostrar a situação desta etnia, que não desejou e sequer foi consultada as delimitações de fronteiras, tornando-se vítima de vários conflitos impostos pelo homem branco", destaca Glória Albuês, que também assina roteiro e montagem.

"São três personagens principais que formam a narrativa: a Romaria de Santanna; a vida de Manoel; e o povo Chiquitano. Trançando as três, colocamos a essência do tema fronteira, humanizando-a por meio de um drama individual de Manoel, ao mesmo tempo em que estendemos para os dramas e conflitos coletivos de seu povo. Vislumbramos, assim, os pontos de fuga das fronteiras humanas, sejam elas de nacionalidade ou de identidade", complementa Aluízio de Azevedo.

Divulgação

SINOPSE

Manoel Chiquitano Brasileiro focaliza uma busca dupla: a luta de um homem solitário que percebe ser necessário documento de identidade para alcançar a nacionalidade brasileira, mesmo sendo ele, um índio. E, por outro lado, a luta coletiva do povo Chiquitano que atravessa um conflito de identidade étnica, mas vem buscando a demarcação de suas terras tradicionais,apesar das pressões que sofrem dos políticos de Mato Grosso e dos grandes fazendeiros e pecuaristas da região. O documentário ainda envereda pelas questões da fronteira Brasil-Bolívia. O povo Chiquitano vive nos dois países e foram separados por uma fronteira que não desejaram e sequer foram consultados. Por meio de uma Romaria à Nossa senhora de Santa Ana, que sai da Bolívia e percorre as comunidades indígenas de ambos os países, Manoel e os Chiquitanos desafiam os limites impostos pela fronteira, na tentativa de se reencontrarem e se reconhecerem como iguais, por meio da fé.

SOBRE O ETNODOC
Oriundo de projeto mais amplo, intitulado “Sensibilização e orientação para salvaguarda do patrimônio cultural imaterial”, o Edital de apoio a documentários etnográficos sobre patrimônio cultural imaterial – Etnodoc – foi criado a partir de um grupo de trabalho composto por especialistas do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular e do Departamento de Patrimônio Imaterial, do Iphan. Coube à Associação Cultural de Amigos do Museu de Folclore Edison Carneiro a gestão do projeto, patrocinado pela Petrobras. O Etnodoc destina-se a apoiar 15 projetos inéditos de documentários etnográficos, de média duração, voltados para exibição em redes públicas de TV. Busca, com isso, somar esforços e ampliar as ações voltadas para a valorização e promoção dessa dimensão do patrimônio cultural, assim como estimular iniciativas voltadas para a melhoria das condições de transmissão, produção e reprodução dos bens culturais que compõem esse universo.

Glória Albues - atua no audiovisual matogrossense desde a década de 80, como roteirista, montadora e diretora em Video, Televisão e Cinema. Do seu curriculum consta cerca de 25 produções entre documentários e obras de ficção, entre outras: Pantanal : Paraíso perdido ?” e A” Chegada do Menino”, ambos premiados ( 3º e 5º lugares) no 1º Festival Nacional de Cinema- Video Ação Super 8 e MASP -1983 ; “ Indio, Gente da Terra” ( Menção Honrosa) na 13º Jornada de Curtas- Metragens em Salvador – 1984; “Nó-de-Rosas” selecionado no 18º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo /2007,outros nove festivais nacionais e o Festival de Miami-2008 ; “A Trama do Olhar”selecionado no DOCVTV IV SAV/Minc – 2009 ; “Marcelo e o Violino”em 2010 ; “Manoel Chiquitano Brasileiro” EtnoDoc-2012 e “P.s Glauber, Te Vejo em Cuiabá selecionado no CurtaDoc da TV Sesc em 2013.

Aluízio de Azevedo Silva Júnior - cigano, graduado em Jornalismo (2002), especialista em Cinema (2007), Mestre em Educação (2009) e Doutorando em Comunicação e Saúde (Fiocruz). Atua no audiovisual desde 2007, quando foi assessor de imprensa e produtor do Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá, cargo que ocupou também em 2008 e 2009. Em 2010 foi Roteirista do vídeo documentário “Triplice confronto: as riquezas da floresta” aprovado no edital Microprojetos da Amazônia, do Ministério da Cultura, sobre o município de Juína e os conflitos vividos por fazendeiros, indígenas e madereiros na região. Em 2011 foi roteirista de dois projetos patrocinados pelo Fundo de Cultura de Mato Grosso, o curta-metragem “Dom Aquino – Poeta da Esperança”; e o vídeo documentário “Busca pela Africanidade em Cuiabá”. Também em 2011 dirigiu, roteirizou e montou o primeiro vídeo, o documentário É Kalon - Olhares Ciganos, que retrata a cultura cigana e foi patrocinado pelo Fundo Estadual de Cultura de MT. Em 2012 foi vencedor do Etnodoc 2011 com o projeto Manoel Chiquitano Brasileiro, do qual foi diretor.

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