Grupo de siriri e cururu de São Gonçalo Beira Rio, o Flor Ribeirinha lança seu novo espetáculo “Nandaia”, que terá participações especiais do corpo de baile do Ópera Ballet e das cantoras Vera e Zuleika. A estreia será no dia 26, no Teatro Zulmira Canavarros (na Assembleia Legislativa) e terá, ainda, a Companhia de Teatro Cena Onze. A temporada dura até o dia 28, sempre às 20h.
Mais do que uma apresentação de cururu e siriri, o espetáculo “Nandaia” quer valorizar a cultura regional e o conhecimento popular ribeirinho. Vem daí o nome do trabalho, aliás: Nandaia significa pássaro no idioma indígena dos coxiponés e tornou-se hino nas composições da música e dança do siriri. Além disso, o espetáculo faz uma homenagem às várias manifestações tradicionais de Mato Grosso, como a dança do chorado, de Vila Bela da Santíssima Trindade, os mascarados de Poconé, o louvor a São Benedito, o rasqueado cuiabano, o cururu e o siriri. Também presta homenagem a personagens populares históricos, como Maria Taquara e outros.
Mas há outra razão para prestigiar o trabalho dos ribeirinhos artistas de São Gonçalo Beira Rio. A bilheteria das três noites servirá como aporte de recursos para que a turma da Dona Domingas possa participar de uma nova turnê europeia, pois o grupo já foi selecionado e convidado a representar o Brasil em festivais Internacionais de folclore na Itália, para levar em sua bagagem a força e beleza da cultura mato-grossense. Os ingressos para “Nandaia” custam R$ 40, com direito a uma camiseta personalizada com o nome do espetáculo, ou R$ 20, sem a camiseta.
Além de todas as participações especiais, haverá também intervenção de artistas plásticas, a cargo de Adriano Figueiredo, também responsável por criar os novos figurinos do Flor Ribeirinha. Nas várias estampas multicoloridas, vários ícones da cultura ribeirinha, como a viola de cocho, os peixes, a manga e o caju, além de belezas naturais de Cuiabá e do Pantanal. Para o artista, “é um espetáculo de vida e cores, que contribui para que a cultura genuinamente mato-grossense possa continuar rompendo as fronteiras e ganhando reconhecimento nacional e internacional”, observou.
Dona Domingas Leonor, principal dirigente do grupo Flor Ribeirinha, fala da importância do espetáculo para a comunidade e adiantou que o grupo vai apresentar, além do siriri, a vida ribeirinha, a religiosidade do povo e as manifestações, com o objetivo de preservar as raízes da cultura popular.
“Apesar das dificuldades, me sinto feliz pela realização deste sonho. Agradeço a Deus, a minha família e os amigos que nos ajudam nesta luta em prol da cultura mato-grossense. Gostaria de contar com a participação da população mato-grossense”, finalizou Domingas. A direção cênica de “Nadaia” é de Flavio Ferreira e a direção musical de Edmilson Maciel.
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