Por volta de 1722 quando já avançava a mineração aurífera numa grande área descoberta por Miguel Sutil, e que ia da confluência da atual avenida Coronel Escolástico até as nascentes do córrego da Prainha, que deságua no canal do mesmo nome, na avenida Historiador Rubens da Mendonça, nas imediações do Hospital Ortopédico, um garimpeiro que ia para o trabalho encontrou no chão uma alavanca de razoável tamanho de ouro.
Ao pegá-la para melhor avaliar o precioso achado, o garimpeiro deixou que ela escapasse das suas mãos e caísse de ponta, afundando-se na terra. Ele tentou arrancá-la, mas que nada!.
Sem dizer nada a ninguém, o garimpeiro passou a escavar às escondidas o lugar onde a alavanca havia caído. Mas quanto mais ele cavava, mais a alavanca enterrava-se na terra. Depois de alguns dias, o barranco que foi se formando com a escavação da terra desmoronou e matou o garimpeiro soterrado.
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Pelo que consta dos registros, inclusive memorial, a lenda da alavanca de ouro enterrada na capela de São Benedito deve ser uma das mais antigas de Mato Grosso, pois os direitos especiais concedidos a Miguel Sutil para exploração do ouro e permissão de entrada em sua lavra somente de quem ele deixasse, data de 1722.
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HISTÓRIA DE CUIABÁ
Dois anos depois, em 1721, foi celebrada no Arraial da Forquilha a primeira missa em Cuiabá em uma capelinha cujo nome era Nossa Senhora da Penha de França, padroeira de uma região na França onde franceses e bascos espanhóis viviam em permanente guerra pelo domínio de uma área do território francês.
Com a descoberta da lavra de Miguel Sutil, ocorreu um rápido esvaziamento do Arraial da Forquilha, com seus moradores rumando para a Prainha em busca do ouro. A verdadeira corrida para o garimpo de Miguel Sutil deu-se a partir de 1722, um ano depois da celebração da primeira missa no Arraial da Forquilha.
Ordenado em 1958 e desde 1989 exercendo sua atividade sacerdotal na Igreja do Rosário, o padre Moura tem ouvido de fiéis ao longo dos anos muitos relatos sobre a lenda da alavanca de ouro enterrada no interior da igreja, uma das mais antigas de Cuiabá.
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Segundo ele, a própria área onde está localizado o templo foi muito explorada por garimpeiros. A garimpagem na área de abrangência do templo só acabou quando foi removido todo o cascalho, restando apenas a piçarra. Mesmo com o esgotamento do metal na da área ainda hoje é possível encontrar fagulhas de ouro nas imediações da igreja, mas cuja exploração é inviável.
MEMÓRIA HISTÓRICA
Aos 85 anos de idade e sofrendo do mal de Parkinson, o padre Moura, que chegou a Mato Grosso em 1952 para trabalhar em Diamantino, está envolvido de corpo e alma em um novo projeto: escrever uma enciclopédia sobre a igreja Nossa Senhora do Rosário e suas três irmandades.
O trabalho do padre Moura é executado executado em conjunto com o professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Marcos Amaral, que vai defender sua tese de doutorado sobre a igreja Nossa Senhora do Rosário antes de ser paróquia.
A parte do padre Moura na enciclopédia abrange a parte da transformação da paróquia em igreja. O trabalho começou em 2010 e só a parte do padre Moura já tem 400 páginas.
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Benedito Addôr 19/11/2013
Bem, há controvérsias, segundo o prof. Anibal Alencastro, e outros, ela teria sido encontrada no local onde é a "ilha da banana", na área frontal a Igreja do Rosário/São Benedito. E não lá onde se localiza a Igreja; o que parece certo, pois o pessoal cavou, cavou, e se tivesse sido encontrada lá em cima, o morro teria desaparecido. O negócio é que parece que o Roberto França, designou a pequena Praça da ilha da banana, descendo a Coronel Escolástico, de Praça da Alavanca de Ouro; apesar de que nunca foi colocada nenhuma placa nessa pracinha; lá só existe uma mangueira. Essa região já tentaram desapropriar 3 vezes: em 1.981, o Gustavo Arruda queria fazer um terminal de ônibus; só fez o Decreto; não conseguiu derrubar as casas, porque um morador apelou à Justiça e conseguiu parar a obra - na época disseram que era tombada; em 1.991, o Frederico Campos fez sancionou uma lei municipal para desapropriar a mesma área, não conseguiu; agora, querem desapropriá-la de novo; primeiro disseram que se não tirassem as casas o VLT não passava; aí descobriram que na própria propaganda oficial do governo, que pode ser encontrada no youtube, colocando VLT Cuiabá-Várzea Grande; as casas continuam no mesmo lugar, e o VLT passa tranquilo no local onde é o Centro Comercial Morro da Luz. Aí resolveram fazer um projeto, onde o VLT também passa tranquilo em frente ao morro da luz; aí eles derrubam as casas, acabam com a Av. Coronel Escolástico, em frente da Igreja, e constroem uma praça. Conclusão: Aonde está a alavanca de ouro, ninguém sabe ao certo; mas que a área frontal à Igreja do Rosário/São Benedito, é COBIÇADA À BEÇA, e faz tempo, BIDU. Se não fossem fazer uma praça, inventariam alguma coisa prá fazer. Faz tempo, que estão tentando. Mas, os devotos de São Benedito, dizem que: quem manda naquela área é São Benedito mesmo. Só sinto muito da Dona Rita, devota de São Benedito, que mora há mais de 30 anos na ilha da banana, não ter aguentado o terrorismo da Secopa, e tido um grave AVC; hoje está paralisada, só mexe a cabeça e os pés. Prá quem conheceu essa senhora trabalhadora, que lavava roupas para ganhar o pão de cada dia; e não perdia uma missa de São Benedito...
Gilmar Maldonado Roman 19/11/2013
Parabéns ao padre Moura e ao professor Marcos Amaral pelo trabalho de pesquisas que sem dúvida resultará em mais um tesouro da memória cuiabana.
Jose figueira de Gusmão 18/11/2013
LOUVÁVEL ESSA PESQUISA. TUDO O QUE FOR PARA REGISTRAR HISTÓRIAS DE NOSSA QUERIDA CUIABÁ É BEM VINDO. PARABÉNS AO PADRE MOURA E AO PROF.º MARCOS AMARAL. A CULTURA CUIABANA É MUITA RICA E TEM QUE SER PRESERVADA.
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