Moradores do entorno do Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora estão incomodados com o toque do sino da igreja a cada hora. Reativado há cerca de seis meses, a tradição das badaladas tem gerado reclamações. As pessoas dizem ter seu descanso comprometido devido ao barulho.
O padre Paulo Fernando, coordenador do Santuário, disse que ainda não recebeu queixas e que o sino toca apenas durante o dia.
A situação de descontentamento é mais nítido entre os moradores próximos ao Santuário, que pertence a paróquia São Gonçalo. No entanto, o sino de todas as comunidades da paróquia voltaram a funcionar e tocam a cada hora com a quantidade de badaladas correspondente a hora do dia.
“O barulho é muito alto e as pessoas acordam assustadas com o toque. Não tem como descansar com o sino batendo de hora em hora”, informou Eliane Pereira, que acabou de se mudar do local onde residiu por cerca de sete meses, mas continua trabalhando perto da igreja e é informada do horário sempre que o sino toca.
A costureira Zenaide Nascimento, que mora na região há dez anos, também está incomodada com o toque do sino.
A costureira conta que antes o sino tocava somente duas vezes ao dia, às 6h e 18h. Porém, de alguns meses para cá, o toque tem sido a cada hora.
Segundo ela, dias atrás estava com sua neta doente em casa e assim que conseguia fazer a criança dormir, o sino tocava e a menina acordava chorando.
“A gente não tem sossego com esse sino tocando dia inteiro. Antes só tocava duas vezes, agora é toda hora, mais alto e parece que fica tocando por mais tempo também. Já teve morador que foi reclamar na igreja e eles só falam que trocou a diretoria e que agora vai ser assim, que não tem o que fazer”, informou Zenaide.
Os sinos não tocavam de hora em hora porque as antigas diretorias não tiveram interesse em seguir o cronograma de badalações. Porém, a atual gestão implementou a tradição.
A norma também é seguida por todas as igrejas da paróquia. A mesma deve ser seguida pela Catedral Basílica do Senhor Bom Jesus de Cuiabá. O relógio da Matriz está em reforma.
O padre Paulo Fernando, coordenador do Santuário, ressaltou que apenas uma reclamação foi recebida até o momento e não dizia respeito diretamente ao som do sino. Ele conta que o toque respeita a lei do silêncio.
Relata que o sino é eletrônico e está programado para tocar a cada hora, entre as 6h e as 21h, por 40 segundos. Após este horário, ele não é acioado.
O coordenador explicou que aos domingos o sino é tocado meia hora antes de cada missa. No dia, são cinco missas e o sino é acionado entre as 6h30 e as 19h.
"O sino eletrônico possibilita que a gente regule o volume. Ele está em um quarto da sua capacidade e acredito que não comprometa do descanso de ninguém nos horários em que toca. Mas vamos averiguar se ele está mesmo muito alto e ver o que podemos fazer. Nós ainda não recebemos nenhuma reclamação sobre o volume", disse o religioso.
Simbologia do Sino
O toque surgiu como uma necessidade de comunicação na comunidade. Ele informava as horas, anunciava as missas e os eventos religiosos. Uma forma de chamar os fiéis a participarem.
Os sinos também anunciavam casamentos, funerais e outras celebrações. Sua melodia varia de acordo com o ato a ser anunciado.
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ana 01/02/2017
a pior mentira que ja li,,,esse sino nao esta ha seis meses,..sempre esteve..e o som mau da p ouvir,..agora ns lojs de carro ao lado e na fauc o barulho corre solto e nao tem vovozinhs incomodada?qdo essa protestante mudou ali,,,a igreja chegou primeiro ela toca cedo meio dia e a tarde..tres baladas que mau da p ouvir.Que papo mau contado aqui,
Fernando 31/01/2017
Engraçado que a "gritaria" (pregando a palavra e os cantos ainda com caixa de som) dos evangélicos, nas esquinas das ruas durante os finais de semana ninguém reclama, incrível
luciano 31/01/2017
Se fosse som de lambadão esses indecentes que estão criticando as badaladas do sino da igreja estriam contentes , vão cassar o que fazer e deixem em paz quem quer trazer apenas o som de deus !
Carlos Nunes 30/01/2017
O certo é parar com esse sino; a época em que a Igreja Católica tinha o monopólio da religião acabou faz tempo. Hoje tem evangélicos, espíritas, mulçumanos e muito mais. A Igreja Universal na Prainha fazia aquelas cerimônias, inclusive de exorcismo de madrugada, incomodando os vizinhos; foi obrigada a fazer o isolamento acústico do Templo faz tempo, e hoje pode varar a madrugada que não incomoda mais ninguém. Os muçulmanos na Mesquita do Morro da Luz, fazem o ritual duas vezes ao dia; onde se pode ouvir de longe o profeta fazer as orações à Alah, mas também não incomoda ninguém, pois são apenas duas vezes; e de vez em quando. Cada um foi se adaptando à Lei do Silêncio. Afinal de contas DEUS não é surdo...escuta as orações bem baixinho.
Fernando Mattos 30/01/2017
Reclamantes são velhos e evangélicos certeza!
5 comentários