“Me sinto aliviado e animado para o próximo processo”. A declaração é de César Pereira de Lima de 44, vítima de câncer de mama diagnosticada no começo deste ano.
Na quinta-feira (17), César fez a última sessão de quimioterapia. Agora, ele irá dar uma pausa de 14 dias para começar com a radioterapia.
“Com a graça de Deus e amor da minha esposa e filhos conclui este processo demorado que agride muito o organismo. É uma data simbólica para todos os pacientes de câncer quando isso acontece. Agora estou ansioso para começar o último passo que é a rádio. Apesar de ainda estar em tratamento, estou muito animado e disposto”, afirmou.
Na última sessão de quimioterapia, César teve apoio de toda a família. No hospital uma festa de despedida foi organizada. Teve bolo, óculos animados e chapéus.
César teve a suspeita da doença em janeiro deste ano quando percebeu que o mamilo estava retraído. Ele procurou médico e o primeiro profissional afirmou que era apenas um cabelo encravado e com o tempo melhoraria.
“Fui pesquisar na internet e os médicos afirmavam que mamilo retraído em homem 95% dos casos é câncer de mama. Decidi marcar com um especialista. Ele olhou, apertou e depois da biópsia deu positivo. Além do caroço no peito, eu também estava com um abaixo das axilas que também foi retirado”, contou.
César lembrou que não sentia dores. O único dia em que sentiu desconforto foi quando estava brincando de lutinha com o filho e um dos tapas acertou no peito. “Aquilo doeu tanto que logo imaginei que a situação não estava correta porque até outubro, eu não tinha nada, meus exames estavam todos normais”, lembrou.
O médico oncologista Andre Crepaldi explicou que a campanha do Outubro Rosa acaba vinculando a imagem da doença a mulher. Mas, apesar de uma porcentagem muito baixa, as pessoas do sexo masculino devem se lembrar que qualquer caroço e mamilo retraído pode ser um alerta para começar a investigação de um possível tumor.
“O tecido mamário do homem é muito menor e pode facilitar o autoexame. Mas, a vergonha e o medo fazem com que as pessoas deixem de lado e isso não é correto. É importante deixar claro também que a doença é multifatorial. Os casos genéticos são bem menos comuns. Então isso não deve ser levado em conta quando alguém pode desenvolver o câncer”, afirmou o médico.
Conforme o oncologista, a maioria dos casos diagnosticados não tem apenas um fator único para que a doença possa ser desenvolvida. No caso do câncer de mama, ele pode estar associado em alguns pacientes ao peso, medicações para reposição de hormônio, estresse e diabetes.
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