O mês de outubro começou e com ele vem a campanha Outubro Rosa, que remete à prevenção e ao combate ao câncer de mama. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), em Mato Grosso, são aproximadamente 560 casos de mulheres diagnosticadas com a doença somente neste ano.
Segundo o Inca, o câncer de mama é o segundo câncer mais incidente em mulheres de todas as regiões do Brasil, ficando atrás dos tumores de pele não melanoma. O câncer de mama é raro em mulheres jovens, aumentando com a idade mais avançada, sendo que a maior parte dos casos acontece a partir dos 50 anos.
A técnica em enfermagem, Keddima Rayza, de 32 anos, porém, fugiu à estatística. Ela descobriu há 7 anos um câncer de mama. Naquele ano, ela narrou ao HNT que estava em casa quando sentiu “fisgadas” no seio esquerdo. Ela tomou um remédio de dor e foi dormir. Ao acordar no outro dia, fez o toque e sentiu um caroço.
“Na época, foi dolorida a descoberta. Estava com apenas 24 anos e foi um susto. Fiz quimioterapia, mas precisou fazer a mastectomia [cirurgia para retirar o seio] total da mama esquerda. Todo esse processo, cirurgia, quimio e radioterapia, levou nove meses. Depois de retirar, não quis colocar implante não, até hoje estou sem. Amo assim, me aceitei assim e não me deixa com a autoestima baixa”, comenta Keddima.
Depois da cirurgia, a técnica em enfermagem descobriu várias metástases em outros órgãos. Ela já teve nódulo no pulmão, nos ossos e, este ano, no fígado. Atualmente, ela faz quimioterapia e depende de remédios, que adquire por medida judicial.
Keddima comenta que está sem trabalhar desde 2015, devido ao tratamento. Assim que descobriu o primeiro câncer, ela conseguiu receber pelo INSS durante um ano de tratamento. No entanto, o órgão federal cortou o benefício. Com a progressão da doença, o médico chegou a dar outro laudo de aposentadoria por invalidez, mas até hoje, não conseguiu o resultado. Além disso, tenta receber auxílio doença há seis anos e não consegue liberação do INSS.
Mãe de um casal, Manoel e Valentina, Keddima disse que os filhos são a motivação de sempre lutar pela vida. Inclusive, ela conta que engravidou da menina durante tratamento de quimioterapia: “presente de Deus”.
“Minha maior lição que já tive foi este ano. Até aqui, a caminhada foi longa, mas vi que não tinha aprendido nada. Este ano que minha ficha caiu sobre o que percorri até aqui, as lágrimas que já desceram. Para quem passou o ano sem andar e de cama, aprendi que o perdão é tudo, além disso, reconhecer, se redimir, além de ser mais grata a tudo e a todos. A mensagem que deixo para quem se encontra nesta luta é nunca desistir, ser mais grato a Deus, à família, valorizar cada momento. Só reconheci isso quando cheguei em uma cama prostrada, dependendo de todos para viver”, finaliza Keddima.
O CÂNCER DE MAMA
De acordo com dados do Inca, o câncer de mama lidera o ranking de cânceres que mais mata a população feminina no Brasil, exceto na Região Norte do país, onde o câncer do colo de útero está em primeiro lugar.
Em Mato Grosso, no ano de 2020, foram realizadas mais de 8.200 mamografias em mulheres de 50 a 69 anos. Já em 2021, esse número mais que duplicou, totalizando 20.237 mamografias feitas no Estado. Desse número, 1.010 mulheres foram diagnosticadas com câncer de mama no mesmo ano.
A taxa de mortalidade por câncer de mama, ajustada por idade pela população mundial, foi 11,84 óbitos/100.000 mulheres em 2020, com as maiores taxas nas regiões Sudeste e Sul, com 12,64 e 12,79 óbitos/100.000 mulheres, respectivamente.
Ao contrário de que muitas pessoas pensam, que câncer de mama acomete só mulheres, homens também podem desenvolver. No entanto, é mais raro. De acordo com o Inca, o grupo representa a 1% de incidência da doença todos os anos.
AÇÕES DE CAMPANHA
Em Cuiabá, a prefeitura está montando uma estrutura na Praça Alencastro. A ideia é realizar atendimento gratuito às mulheres. A estimativa é atender até 100 mulheres por dia, com exames de mamografia e colo de útero. No dia 15, haverá uma caminhada com outras atividades no Parque das Águas.
O Governo de Mato Grosso está com atendimento gratuito para mulheres de todo o Estado no Hospital Santa Casa, em Cuiabá. Durante todo o mês, uma unidade móvel de saúde da mulher estará estacionada no local. O atendimento será feito por demanda espontânea das usuárias.
Haverá atendimentos gratuitos também em Hospitais Regionais do interior: Sinop, Cáceres, Sorriso, Rondonópolis, Colíder, Alta Floresta e no Hospital Metropolitano de Várzea Grande.
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Gildete Alves Ferreira 27/10/2022
Conheço está princesa Kedma, bem como seus pais e irmãos. Ela está entre os caso raros, tão nova qdo descobriu a doença. Tenho certeza que a razão de tão grande luta pela vida são os filhos e o amor é carinho da família e amigos, que não são poucos. Hoje tenho 47 anos de idade. Tbm descobri um câncer de mamas aos 38 anos. Passei por todo o tratamento. Louvo a Deus por hoje está curada. Agradeço aos médicos de Cuiabá, pois foi lá que fiz todo meu tratamento. Apoio todas as campanhas contra está doença. Que Deus te cubra de cura e felicidade Kedma.
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