A Copa do Mundo no Qatar deixou marca na história brasileira em 22 edições do mundial. A derrota do Brasil nas quartas de final trouxe uma tristeza aos torcedores cuiabanos em plenas festividades de final de ano. Chamada de “A Copa das Zebras”, o campeonato trouxe ainda supressas, decepções, polêmicas e ineditismos.
Cuiabá se preparou e programou para torcer pela Seleção Brasileira no Qatar, porém, o sonho do hexacampeonato ficou, mais vez, perdido na rodada das quartas de final. Apontado nas casas de apostas como o maior favorito ao título, o Brasil perdeu mais uma oportunidade de levar o campeonato mundial, dessa vez derrotado pela Croácia nos pênaltis, trazendo a tristeza para a torcida brasileira.
Durante a jogos do Brasil na Copa, Cuiabá parou. Órgãos públicos com expediente reduzido, comércio fechado e bares e restaurantes de casa cheia de torcedores. A Capital foi das cinco cidades do Brasil a receber o Fifa Fanfest, um espaço especialmente preparado para transmitir o jogo ao vivo com telões de LED, gratuitamente para os torcedores.
O evento ocorreu na Arena da Acrimat, no Parque de Exposição Senador Jonas Pinheiro. Durante as cinco partidas em que o Brasil jogou, o espaço recebeu milhares de torcedores cuiabanos.
Os bares e restaurantes também se programaram para transmissão dos jogos. Com decoração e programação especiais, incluindo abertura dos estabelecimentos mais cedo, a expectativa dos empresários era de faturamento de 20% a mais no período, caso o Brasil chegasse à final.
Um dos locais mais disputados para assistir ao jogo foi na Casa Copa, um local criado exclusivamente para funcionar somente durante o mundial e foi um sucesso total na Capital. O espaço fechou as portas no dia 18 de dezembro, após transmitir a final da Copa do Mundo.
O hexa pode não ter vindo, mas os torcedores cuiabanos vibraram a cada partida e já aguardam, com esperança, a taça em 2026.
O MUNDIAL
A Copa das surpresas, o mundial das zebras, como vem sendo chamada, trouxe novidades, decepções, polêmicas e ineditismo. A vitória que deu o tricapeonato à Argentina imortalizou Lionel Messi, mas também marcou a despedida do português Cristiano Ronaldo e consagrou a melhor campanha de um país africano, o Marrocos.
Os ineditismos das chamadas da Copa começaram logo na estreia. Os donos da casa foram derrotados pelo Equador por 2 a 0, na partida de abertura, o que nunca ocorreu antes, um time que é sede do mundial perder já no primeiro jogo. A situação fez o Qatar entrar para a história. A seleção foi desclassificada ainda na primeira rodada. No mesmo dia, a Argentina foi derrotada pela Arábia Saudita, de virada, por 2 a 1, em um resultado que chocou o mundo e pôs fim a uma invencibilidade de 36 jogos da seleção dos hermanos.
Já a França, na última rodada da fase de grupos, usou um time reserva contra a Tunísia e foi derrotada por 1 a 0. Foi a primeira vitória dos tunisianos na história do confronto.
O Japão eliminou a Alemanha e derrotou a Espanha e, pela primeira vez, terminou o Mundial na primeira colocação do Grupo E. A Coreia do Sul foi outro time asiático a se classificar, após vencer os reservas de Portugal por 2 a 1. A vitória deixou para trás o Uruguai no número de gols.
CONQUISTA
Pela primeira vez na história do Mundial, uma partida foi apitada por mulheres. Após 92 anos, a Copa do Mundo teve uma partida comandada por um trio de arbitragem feminino, composto pela francesa Stéphanie Frappart, a mexicana Karen Diaz Medina e a brasileira Neuza Back.
Além disso, Renata Silveira estreiou como primeira mulher a narrar um jogo de Copa do Mundo masculina na TV Globo. A narradora de 33 anos fez história em 11 partidas.
INEDITISMOS
A primeira Copa disputada em um país árabe também foi a primeira a ver uma seleção africana chegar à semifinal, o Marrocos. A seleção comandada pelo técnico Walid Regragui chegou a ganhar da Espanha e de Portugal, mas perdeu a partida pela vaga na final para França.
Considerado um dos melhores jogadores do mundo, e principal titular da seleção portuguesa, Cristiano Ronaldo ficou no banco de reserva pela primeira vez. Apesar de perder o Mundial ainda nas quartas de final, o atleta conquistou mais um título inédito para sua carreira, foi o primeiro jogador a marcar cinco gols em cinco Copas do Mundo diferentes.
POLÊMICA
A Copa do Qatar também foi marcada por polêmicas, umas delas antes mesmo de a bola rolar, quando a Fifa proibiu o uso da braçadeira dos capitães com a campanha One Love, que trazia as cores do arco-íris como uma mensagem de protesto contra as leis anti-LGBTQIA+ do Qatar. Entre as seleções que usariam a braçadeira estavam Inglaterra, Alemanha, País de Gales e Holanda.
No entanto, as seleções da Alemanha, Inglaterra e País de Gales não deixaram por menos e protestaram contra a proibição da Fifa e a ameaça de punição às seleções que usassem a braçadeira da campanha One Love. Os alemães, antes da estreia contra o Japão, taparam as bocas na foto oficial da equipe. Já ingleses e galeses ficaram de joelhos por alguns segundos antes da bola rolar. Gesto que se repetiu em outros jogos.
Quem também protestou foram os jogadores do Irã, antes da estreia contra a Inglaterra. Mas por outro motivo. Os atletas não cantaram o hino em apoio aos protestos que ocorrem no país depois da morte da jovem curda Mahsa Amini, de 22 anos, após ser presa pela polícia dos costumes por "uso inadequado" do véu islâmico.
Já a jogadores da Seleção Holandesa resolveram leiloar os uniformes utilizados na competição, após tomarem conhecimento das denúncias de abusos sofridos pelos trabalhadores estrangeiros que atuam nas obras de infraestrutura do Mundial. O próprio Comitê Organizador estimou entre 400 e 500 mortes de migrantes em meio às construções.
VITÓRIA
A Argentina foi a grande campeã da Copa do Mundo, depois de uma disputada acirrada contra a França. A seleção argentina venceu a competição mundial e se tornou tricampeã, dando a Lionel Messi a primeira taça de uma Copa do Mundo.
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