Divulgação |
Alunos de Jangada que deveriam estar em salas saem mais cedo por falta de professor |
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) de Mato Grosso, Gilmar Soares, expôs deficiência das escolas públicas no inicio do ano letivo. Soares afirmou que em algumas unidades o professor não tem instrução suficiente para ministrar as aulas. Além disso, cidades como Jangada (70 km da Capital), estão com déficit no quadro de professores fazendo com que alunos voltem mais cedo para casa.
"Há situações em que as unidades contratam pessoas leigas para ministrarem as aulas", lamentou Soares. Ele afirma que a situação causa indignação, pois muitos profissionais classificados no concurso público não foram convocados pela Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc).
Gilmar informou que a direção do Sintep está indo em algumas escolas públicas para avaliar a situação e o que encontrou em Jangada, por exemplo, foi o baixo número de professores efetivos. A orientação do sindicato é que os trabalhadores da educação formulem denúncia junto ao Ministério Público e enviem cópias ao Sintep para divulgação. A tentativa é que para o mais breve possível a questões estejam resolvidas, uma vez que a validade do concurso encerra em junho deste ano. A direção das subsedes do Sintep também irão reunir documentos que comprovem a existência de cargos livres em várias disciplinas. Segundo o presidente da entidade, o professor classificado no concurso é o mesmo que atribui as aulas como contratado temporário. "Mas, o governo não reconhece a contradição". Gilmar disse que é válido que os trabalhadores, incluindo cargos de Apoio e Técnico, anexem cópias do próprio contrato de interino, a fim de comprovar que existem inúmeros contratos temporários, apesar da existência de classificados no concurso. "É inacreditável o que estamos vivendo em Mato Grosso. Temos professores classificados em concurso e alunos sem aula por falta professores nas escolas públicas estaduais", argumentou Soares. De acordo com as informações repassadas pelos trabalhadores de Jangada, na rede estadual de ensino, há escolas com problemas no quadro de educadores, como nas escoas Professor Arlindo de Souza Bruno e Arnaldo Estevão de Figueireido. Em consequência disso, os alunos vão embora mais cedo. A situação deixa os pais preocupados e aflitos por justificativas pela falta de professor. O Sintep/MT está preparando uma mobilização para protestar contra estas e outras arbitrariedades praticadas pelo Governo do Estado. Nos dias 14, 15 e 16 de março haverá manifestações, passeatas e audiências em diversos municípios. Todos estarão mobilizados na “Greve Nacional em Defesa do Piso Salarial Nacional, Carreira e 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no Plano Nacional de Educação (PNE)”. Para Gilmar Soares, em Mato Grosso o protesto se estende também pelo vergonhoso processo de atribuição de aulas, que vem favorecendo a quebra da jornada de 30 horas pela Seduc. "Vamos cobrar o direito de aposentadoria que está sendo negado pelo Poder Público", frisou, referindo-se à suspensão dos agendamentos de aposentadoria dentro de 15 minutos, a posse dos classificados nos cargos de Técnico Administrativo Educacional e Apoio Administrativo Educacional, além de outros pontos de reivindicação da categoria. OUTRO LADO A Secretaria de Educação foi procurada para se manifestar. A assessoria de imprensa pediu que fossem enviadas perguntas por e-mail e somente depois se pronunciaria.
Ainda de acordo com Gilmar Soares, a realidade da Educação em Jangada não é única. "Em Várzea Grande, por exemplo, temos vários cargos livres e muitos professores temporários".
PARALISAÇÃO
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