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Cidades Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012, 20:13 - A | A

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Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012, 20h:13 - A | A

CONTRA OSS's

Servidores se mobilizam contra OSSs, entregam Projeto de Lei e Assembleia promete reavaliar lei que a autorizou

Deputados receberam projeto no início da noite desta quarta-feira (31) que contém mais de 21 mil assinaturas em desfavor das Organizações Sociais de SAúde. Assinaturas foram levadas em cadeiras de roda, simbolizando deficiências do modelo atual

KARINE MIRANDA


Mais de 400 servidores da Saúde do Estado se mobilizaram mais uma vez nesta quarta-feira (31) em protesto contra a implantação das Organizações Sociais da Saúde (OSS’s) na gestão das unidades da saúde. Diferente da última quarta-feira (24), os manifestantes, finalmente, entregaram o Projeto de Lei de Iniciativa Popular aos deputados a fim de inviabilizar e impedir as OS’s no Estado e revogar a Lei Complementar n. 150.


A lei dispõe sobre a qualificação de entidades como OSS’s, no âmbito do Poder Executivo estadual. Para tanto, os servidores se reuniram na tarde desta quarta-feira (31) na Praça Ulisses Guimarães e seguiram em manifestação até a Assembleia Legislativa, entoando gritos “Essa OSS não me engana, só quer a nossa grana” e “Silval não me engana, tem direito para a Copa, mas não tem para a saúde”, por exemplo.

Marcos Lopes/HiperNotícias

Protesto de servidores contra a assunção da saúde pública em Mato Grosso pelas Organizações Sociais de Saúde

Ao chegar a AL, a multidão tomou conta da galeria do Plenário na intenção de entregar ao presidente da Assembleia e deputados presentes o Projeto de Lei concebido desde 2011 por mais de 30 entidades ligadas a saúde. Na época, houve o avanço da OSS’s no Estado, a partir da decisão do secretário de Saúde, Pedro Henry.

De acordo com Elza Queiroz, presidente do Sindicato dos Médicos do Estado (Sindimed), desde aquele momento os servidores já sofriam com as organizações, a exemplo da operação Hyegeia, em 2010, quando pessoas ligadas as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) foram acusadas e presas por desviar milhões do setor da saúde no Estado.

Diante do cenário de 2010, o avanço das OSS's em 2011 e com temor de que a situação das unidades de saúde piorassem com o tempo, como ocorreu em municípios como Barra do Garças, Rondonópolis, Colíder, Sorriso, Alta Floresta e Cuiabá, a categoria resolveu se mobilizar e recolher assinaturas para a criação do projeto.

Marcos Lopes/HiperNotícias

Servidores da Saúde foram a Assembleia Legislativa pressionar os parlamentares para a criação de Lei de Iniciativa Popular


Desde o último dia 19, exatas 26.718 assinaturas foram coletadas em mais de 40 municípios do Estado. Isso, segundo Elza, mostra o quanto a população está mobilizada na intenção manter o Sistema Único de Saúde (SUS) público e evitar a privatização, terceirização e sucateamento das unidades de saúde.

“Hoje as unidades de saúde não têm estrutura e nossa presença aqui na Assembleia é mais um passo para a aprovação desse projeto que nosso projeto que é tão importante”, salienta.

O projeto cujas páginas somam os milhares foi entregue por uma comissão formada por representantes de todos os municípios que já convivem com a OSS's, ao som do Hino Nacional cantado pelos próprios servidores da saúde.

Marcos Lopes/HiperNotícias

Mais de 21 mil assinaturas foram entregues aos parlamentares a fimd e criar a Lei de Iniciativa Popular


O documento foi recebido pelos deputados presentes e o presidente da AL, José Riva, em duas cadeiras de rodas, simbolizando a deficiência da Saúde no Estado atualmente. “É assim que a saúde está hoje, deficiente, debilitada”, afirma Elza.

Sobre o projeto, Riva assegurou reavaliar a proposta em caráter de urgência, tendo em vista a mobilização em torno do assunto. “Nós avaliamos o projeto de lei em um momento e circunstância e todos acabaram votando no projeto. Foi implementado e não funcionou. Nós faremos uma audiência pública em cada polo para definirmos o que fazer”, aponta.

Além disso, ele assegura que solicitará ao governador Silval Barbosa (PMDB) “uma audiência com o Conselho Estadual de Saúde e deputados para discutir sobre a saúde e aos Os’s porque há muito para ouvir e se discutir”, assegura.

Marcos Lopes/HiperNotícias

Mais de 400 servidores da saúde estiveram no início da noite desta quarta-feira na galeria do Plenário da Assembleia


O deputado Percival Muniz (PPS) aproveitou o momento para lembrar que sempre foi contra as OSS’s e cobrou agilidade do Governo para a aprovação do Projeto de Lei. “Eu alertava o governo e colegas para fazer audiência pública, porque, sem ela, acabariam dando uma carta branca às organizações. Mas aí aprovaram e os servidores se organizaram. A sociedade brasileira nunca pressionou tanto para ter uma saúde pública. Agora é preciso que o governador veja rapidamente essa situação”, garante.


Com projeto entre e sinal de apoio dos parlamentares, os manifestantes fizeram questão de encerrar a mobilização sob o som de protestos que pediam, também, a exoneração do atual secretário de Saúde do município, Vander Fernandes. “O Pedro Henry já foi condenado, agora Vander tem que ser exonerado”, bradaram.

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caroline 01/11/2012

Vejo muitos servidores e entidades incomodadas com a OSS, mas de verdade nunca vi o povo reclamando das unidades de atendimento onde as OSS funcionam. Quem é prioridade, o povo que precisa de atendimento ou o servidor e essas entidades que têm envolvimento político e visam interesses políticos partidários?

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Marcelo Mattos 01/11/2012

Está na hora de convocar o ex secretário Pedro Henry para responder pelos atos e solucionar todos os problemas gerados com as OSS ligadas às Oscips. Tivemos a oportunidade de em diversos comentários alertar contra essas organizações que andaram dando golpes e mais golpes em outros estados prejudicando não só os servidores, mas especialmente os pacientes de hospitais públicos cujos serviços jamais poderiam nem deveriam ter sido terceirizados (privatizados), pois a saúde é obrigação privativa e constitucional do estado. Agora que Inês é morta, resta derramar lágrimas de sangue sobre o leite derramado e esperar que a justiça mesmo que tardiamente resolva dar um fim a esses descalabros que eram previsíveis desde o inicio da implantação desse maquiavélico sistema no saúde em Mato Grosso. Com a palavra o Governador, a Assembleia Legislativa, o Ministério Publico, a Justiça e outras entidades que deveriam proteger a população, mas que foram coniventes com mais esse descalabro contra a saúde e o sofrido interesse do povo.

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2 comentários

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