Na contramão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que aprovou nesta terça-feira (28) a realização de testes rápidos de Covid-19, o coronavírus, em farmácias, a secretaria de Estado de Saúde (SES) orienta a população a não utilizar esse tipo de procedimento, alegando que o mesmo não é eficaz. Segundo o secretário Gilberto Figueiredo, muita gente vai investir sem necessidade.
“Estudos previamente elaborados dizem que, a possibilidade de detecção do coronavírus em uma pessoa é partir dos primeiros sete dias depois de ter aparecido os sintomas. Então, se uma pessoa vai a farmácia e não está sentindo nada, muito provavelmente vai fazer o teste e gastar dinheiro à toa”, alertou o secretário de Estado de Saúde nesta quarta-feira (29), durante coletiva transmitida pelos contas oficiais do governo.
O secretário aponta que não há necessidade de pagar pelo teste, já que o pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso (Lacen) o procedimento é realizado gratuitamente.
“Agora, se alguém quiser investir mais de R$ 100 para fazer um teste que não tem a eficácia, porque vai ser uma loteria acertar o período que efetivamente o teste vai conseguir detectar o vírus, que o faça. Mas, a secretaria de Saúde não recomenda esse tipo de procedimento, até porque todos que buscarem pelo serviço de Saúde serão notificados e o Lacen fará o teste gratuitamente”, assegurou Gilberto.
O gestor afirma que o teste rápido não é considerado para fazer diagnóstico, mas para acompanhamento de paciente e, que por isso, o governo do Estado decidiu não investir nisso. Ele também observa, que a liberação deverá atrair ‘oportunistas’ que aproveitarão do momento crítico que o Brasil enfrenta, para levar vantagens.
“O teste ideal para ser diagnosticado é o DCR, considerado grau ouro, com alto nível de precisão. Por isso, nós não estamos investindo maciçamente na realização de testes rápidos, porque não existe eficiência na realização disso. É momento em que muitos oportunistas vão aparecer vendendo soluções das mais diversas. Não vou entrar no mérito das farmácias, o cidadão vai ter o arbítrio de decidir se vai gastar dinheiro ou não com o teste rápido”, avaliou Figueiredo.
O chefe da pasta ainda salienta, que em casos de a pessoa não apresentar sintomas que apontem para o coronavírus, mas está resfriado, o ideal é apenas ficar em casa e cumprir repouso. “Nós já enfatizamos diversas vezes, se você não tem sintomas, mas um simples resfriado o que precisa fazer é ficar em casa e esperar o período dos 14 dias, passados os sintomas, três dias depois sem sentir nada você estará curado”, orientou.
Testes em farmácias
Com o argumento de desafogar as unidades hospitalares e ajudar na identificação da Covid-19, o coronavírus, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira (28) a aplicação de testes rápidos para a detecção da doença em farmácias. Com a decisão, a realização deixará de ser aplicada apenas em hospitais e clínicas das redes públicas e privadas.
No entanto, a realização dos exames não servirá para a contagem de casos do coronavírus no país e ainda salienta que os testes imunocromatográficos não possuem eficácia confirmatória, mas que são apenas auxiliares. As farmácias não serão obrigadas a comercializar o material.
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