Em 2020, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Cuiabá fez aniversário de oito anos. Quase uma década depois de seu início, a obra, que prometia revolucionar o dia-a-dia da região metropolitana da Capital, continua trazendo transtornos e gastos para a máquina pública.
Anunciado em 2011, as obras do VLT tiveram início em junho de 2012 sob o governo de Silval Barbosa, depois de uma autorização do Governo Federal.
A princípio, quando Cuiabá recebeu a notícia de que seria uma das cidades sede da Copa do Mundo, o modal previsto era o BRT, que teria um custo duas vezes menor ao do VLT.
Com a mudança, expectativa era, inicialmente, ede que o trem estivesse circulando em março de 2014, meses antes da Copa do Mundo. Desde então, o modal premetido passou por outras duas gestões, mas nunca se tornou uma realidade.
Dados da Secretaria de Fazenda (Sefaz) apontam que o governo de Mato Grosso já pagou cerca de 20% do valor emprestado da Caixa Ecônomica Federal e do Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES). Isto é, do empréstimo de R$ 1 bilhão, cerca de R$ 200 mihões já retornaram aos bancos.
Só não teve retorno, de fato, a população mato-grossosense que assistiu os tão sonhados vagões do VLT enferrujarem sob sol e chuva. Ao todo, 280 vagões chegaram a Várzea Grande e lá foram danificados, sem nunca chegar às ruas.
Dos trechos previstos, os seis quilômetros entre o Aeropoto Marechal Rondon e Cuiabá foram os únicos que chegaram a ver estações, trilhos e postes.
No segundo trecho, que sairia da Avenida Tenente Coronel Duarte até a região do Coxipó, restaram grandes valas que já chegaram a servir de espaço para churrasco, em 2015, quando manifestantes cobravam a conclusão das obras. No entanto, sem sucesso.
Depois de cinco anos, a reivindicação pelo VLT se enfraqueceu e a população de Cuiabá e Várzea Grande parece ter aprendido a conviver com as cicatrizes de uma obra que seria um marco de modernização.
Em sua última declaração sobre o assunto, o atual governador, Mauro Mendes (DEM) se referiu ao VLT como "um problema que não deveria ter acontecido" e, novamente, não deu um prazo para a conclusão da obra.
Segundo Mendes, o Estado aguarda um parecer técnico e financeiro sobre uma possível retomada das obras. “Diante disso podemos dar uma explicação sobre a nossa decisão, quais os caminhos, quais as soluções e como resolveremos mais esse problema que herdamos como já resolvemos outras obras da Copa e tantas outras obras atrasadas em Mato Grosso”, ressaltou.
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