Mato Grosso tem se destacado na produção de etanol. Somente entre 2020 e 2021, a produção saltou de 3,32 para 4,07 bilhões de litros e a expectativa é que até 2023 chegue a 4,61 bi. Com esse aumento na produção, o preço do litro do combustível pode sofrer redução nas bombas. O efeito já pode ser visto em alguns postos de combustíveis que passaram a comercializar o litro do etanol a R$ 4,45 na manhã desta quinta-feira (7), valor menor do que o registrado nos últimos dias, quando o litro do etanol chegou a custar R$ 5,17.
A diretora executiva do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool (Sindalcool-MT), Lhais Sparvoli, explica que, embora haja uma grande produção de etanol no Estado, é natural que o preço do combustível para o consumidor suba junto com os reajustes no preço da gasolina, por conta da oferta e demanda.
“O etanol é um substituto da gasolina. Hoje, 70% da frota brasileira de veículos leves é flex. Então, o consumidor tem sempre a opção de olhar na bomba para ver o preço que está mais vantajoso. Quando eu vejo um cenário de alta de gasolina, a tendência é que o consumidor migre, gerando uma demanda altíssima em um curto período de tempo para o etanol e eu não tenho reação da oferta na mesma velocidade da demanda. Infelizmente, eu não posso dizer que só a oferta de etanol vai baixar o preço em Mato Grosso, mas ajuda”, disse.
No dia 10 de março deste ano, a Petrobras anunciou o reajuste no preço da gasolina, do diesel e do gás de cozinha. Segundo a estatal, o novo preço passaria a valer a partir do dia 11 de março, porém, grande parte dos postos de combustíveis reajustaram os preços ainda na noite do dia 10, incluindo o preço do litro do etanol, o que gerou uma certa “revolta” nos consumidores.
Lhais explica que isso acontece porque alguns donos de postos se antecipam ao aumento da demanda da etanol e passam a reajustar o preço dos três combustíveis, o que não é “ilegal”. “O preço na bomba é oferta e demanda, é livre mercado”, diz.
Ainda segundo a diretora, a expectativa de aumento na safra é um fator importante para considerar a redução no preço, porque aumenta a oferta do produto, mas ainda existem fatores como chuva, preço da gasolina e do barril do petróleo para que o cenário continue favorável para que o preço caia ou que pelo menos se tenha a redução de preço.
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