O presidente da Câmara de Dirigentes Logistas (CDL) de Cuiabá, Junior Macagnam, disse acreditar que a movimentação no centro da Capital deve normalizar neste mês de março. Comerciantes da região têm relatado queda nas vendas, em virtude da cobrança pelas vagas do estacionamento rotativo nas ruas centrais, que vigora há duas semanas. A nova medida também tem causado bastante dúvidas na população na hora de pagar e, segundo Macagnam, "faltou informação".
"Ouvimos bastante reclamações. Temos tido contato direto com a CS Mobi (empresa responsável pela cobrança das vagas) e ela tem prontamente atendido e buscado solucionar (os problemas). Vimos que tiveram poucas pessoas para darem as instruções. Realmente, faltou informação. Acreditamos que, ao longo do tempo, isso vai ser saneado", disse em entrevista à Rádio Vila Real nesta segunda-feira (4).
"[...] Fevereiro normalmente é um mês muito ruim e foi implementado o estacionamento rotativo no pós-carnaval, quando as pessoas já estão com menos recursos. A gente acredita que, agora, a partir de março, com as pessoas com mais informações, baixando o aplicativo, com mais lojas vendendo os ticktes do estacionamento, vai normalizar e vai conseguir aumentar o número de clientes e pessoas que frequentam o centro histórico", completou.
O HNT percorreu as ruas do Centro na semana passada e conversou com pessoas e comerciantes que relataram, ainda, muita falta de informação sobre como se deve efetuar o pagamento pelas horas estacionadas. Houve o período educativo por cerca de 40 dias em que a CS Mobi Cuiabá orientou a população sobre a cobrança. Mas parece não ter sido suficiente.
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Além disso, a reportagem ouviu relatos dos comerciantes que já sentiram quedas nas vendas depois de uma semana de validade da cobrança. De pequenas a grandes lojas, proprietários e funcionários disseram que a movimentação na região central foi impactada.
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Indagado sobre a responsabilização da CS Mobi com relação a possíveis danos aos veículos estacionados, visto que, a população tem pago pelas vagas, Macagnam explicou que, no modelo implantado, a concessionária não deve ser a responsável pela segunça e "quem deve dar o respaldo é a Polícia Militar".
"Essa foi a primeira pergunta que fiz na CS Mobi: vai ter a garantia do veículo? E a resposta que tive é que já está sacramentado no Supremo Tribunal Federal (STF) que, no caso de estacionamento rotativo, que na realidade é um ordenamento de trânsito que eles falam, a responsabilidade não é da CS Mobi. Foi a informação que tive (sic)", explicou.
A Secretaria Adjunta de Proteção e Defesa do Consumidor de Mato Grosso (Procon-MT) notificou a CS Mobi Cuiabá no fim do mês de fevereiro para que a emprensa se responsabilize pelos veículos. A resposta da concessionária deveria ser entregue, em um primeiro momento, até o dia 1° de março. Porém, o prazo foi ampliado a pedido da empresa até esta segunda-feira. A resposta foi repassada pela empresa.
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