Para conhecer a realidade do transporte público em Cuiabá, o vereador Diego Guimarães (Progressistas) saiu às ruas na última semana para falar com a população. O parlamentar apresentou para 100 passageiros, uma ficha com 7 perguntas para saber sobre a qualidade dos coletivos na cidade. O objetivo foi analisar se o aumento na passagem proposto pela prefeitura de Cuiabá é compatível com o serviço prestado.
A população quando questionada sobre a qualidade do transporte público, 81% considerou péssima e 19% regular. A opção ótima não foi escolhida por nenhum dos entrevistados. No quesito conforto, 20% afirmou que os ônibus estão sempre quebrados e 74% afirmam que estão sempre lotados. Apenas 6% afirmam ser muito confortável.
Sobre a pontualidade dos coletivos, 94% afirmam que os ônibus nunca são pontuais e 6% afirmam que o transporte cumpre o horário estabelecido. Sobre a quantidade de ônibus nos finais de semana, 97% dos ouvidos afirmam que existem poucos ônibus rodando e 3% afirmam que a circulação é normal.
Também foi perguntado sobre a existência de ar condicionado nos ônibus da Capital. Tendo em vista o calor que faz na cidade, 46% afirmam que nunca tem, 34% afirmam que às vezes é possível pegar ônibus com ar condicionado e 17% afirmam que quando tem, não funciona. Apenas 3% disseram que sempre tem ar condicionado nos ônibus.
Por fim, sobre o preço da passagem, 93% afirmam achar péssimo e 7% consideram regular. Nenhum entrevistado afirmou ser bom o valor estipulado pela prefeitura. Para o vereador, a pesquisa mostra uma realidade cruel. “Andamos em linhas de ônibus de todas as regiões da cidade e é sempre a mesma coisa, ônibus lotados, quebrados e sem ar condicionado”.
A passagem, que hoje custa R$ 3,85, passará para R$ 4,10 a partir do próximo ano, caso seja aprovado. Segundo documento da Agência Municipal de Regulação de Serviços Delegados de Cuiabá (Arsec), a necessidade de reajuste é elencada no próprio contrato de concessão das empresas de transporte coletivo de Cuiabá.
Ele explica que a prefeitura precisa melhorar o serviço prestado antes de aumentar o preço da passagem. “O executivo fez uma pesquisa que mostra 60% de aprovação da população. Porém, quando saímos às ruas o que vimos foi algo diferente. Todos os passageiros que se propuseram a falar condenam o serviço de transporte público da cidade”, ressalta Guimarães, que se coloca contra o aumento das passagens. “Vamos participar das discussões e mostrar todos esses problemas”.
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