O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) coordenou uma operação integrada de fiscalização ambiental que resultou na responsabilização de um infrator por queimada ilegal no Pantanal, em Barão de Melgaço (109 km de Cuiabá). Ele recebeu multa de R$ 20 mil pelo desmatamento de dois hectares do bioma.
A ação contou com apoio da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) e da Força Nacional de Segurança Pública. A iniciativa integra a Operação Infravermelho, conduzida pelo Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), que utiliza monitoramento por satélite para identificar focos de calor, coibir queimadas irregulares e responsabilizar infratores.
Segundo o comandante do BEA, tenente-coronel BM Rafael Ribeiro Marcondes, um foco foi detectado por satélite e confirmado em campo, onde havia área desmatada com queima ativa. Embora ninguém tenha sido flagrado no local, diligências posteriores permitiram identificar o autor, que foi autuado administrativamente e multado por descumprir o Decreto nº 1.403/2025, que proíbe o uso do fogo para limpeza e manejo de áreas rurais. No Pantanal, a restrição é válida de 1º de junho a 31 de dezembro.
Em 2025, as fiscalizações ambientais já resultaram em autuações em mais de 100 propriedades, abrangendo 100 mil hectares, com multas que somam mais de R$ 79,3 milhões. Além das sanções administrativas, o infrator também responderá criminalmente, conforme a Lei Federal nº 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais).
A Operação Infravermelho monitorou, em 2025, 836 focos de calor ativos em Mato Grosso. A estratégia é reforçada pela Sala de Situação Descentralizada em Poconé, que permite acompanhamento em tempo real das condições ambientais no Pantanal. De acordo com o Programa BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), atualizado às 11h desta terça-feira (2), não havia focos ativos no bioma.
O CBMMT reforça que o uso do fogo está proibido para limpeza e manejo de áreas rurais também nos biomas Amazônia e Cerrado, entre 1º de julho e 30 de novembro. Em áreas urbanas, a prática é proibida durante todo o ano. Em caso de incêndio florestal, a população deve acionar as autoridades pelos números 193 (Corpo de Bombeiros) ou 190 (Polícia Militar).
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