O ex-comandante do Bope do Rio de Janeiro, Paulo Roberto Storani Botelho, que inspirou o personagem “Capitão Nascimento”, interpretado pelo ator Wagner Moura, no filme “Tropa de Elite”, em palestra realizada em Cuiabá, na quinta-feira (15), disse que segurança pública se começa com planejamento, situação essa que falta em Mato Grosso. “Essa seria uma saída para diminuir o índice de criminalidade. Planejamento é a primeira missão”, disse Storani. A palestra foi organizada pela Secretaria de Segurança do Estado (Sesp).
Investimento em corpo humano e material. Fiscalizar fronteira e dar oportunidade e mostrar que o policial é a segurança da sociedade. Storani disse que no Rio de Janeiro, no período mais crítico entre guerra de favelas entre 1995 e 2000, a polícia montou estratégia para ser considerada uma tropa de elite.
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Liderança, perseverança e voluntariado. Esses foram os três quesitos básicos usados por Storani para chegar ao topo. Ele era o comandante da missão “Sono do Papa”, bastante enfatizado no primeiro filme da tropa. “Eu sabia que o Rodrigo Pimentel, na época o 02 do Bope iria contar toda história. Quando eu vi que uma missão minha estava na introdução do filme fiquei muito entusiasmado e crente que o filme seria um estouro. Não imagina o tamanho da repercussão, mas ali mudamos apenas nomes de personagens, porém desde a farda até a favela, tudo é real”, contou.
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Depois de aceitar mais esse desafio em sua vida, dessa vez ajudar em gravar um filme, aliás, o primeiro filme do país a tratar sobre o trabalho, preparação e dia-a-dia da tropa de elite da PM no Estado mais violento do país na época, Storani disse que ele já é um dos palestrantes mais requisitados do Brasil.
Atualmente por ano ele profere mais de 300 cursos e é proprietário de uma empresa motivacional, que leva para o Brasil a história dos bastidores dos filmes Tropa de Elite 1 e 2I, que são também os dois únicos filmes do diretor José Padilha, até sua ida para Hollywood. Recentemente, Padilha produziu Robocop 4.
Storani comentou que se foi possível combater a maior guerra de favelas com 100 homens de preto, o Brasil pode, sim, ser um país a ser mudado. É que muitos ainda têm um pensamento de morte sobre o símbolo e o nome do Bope.
“É caveira? É. Mas ninguém vai levar flor pra traficante, que é o mal do Brasil. Se nós não estivéssemos preparados, nem com o foco da missão, os 100 que subiram o morro não estariam aqui para contar história. O nosso planejamento foi tão excelente que viramos filme. E sobre a caveira, ela significa morte sim, mas morte do medo. Porque quem tem medo não é do Bope”, destacou.
A palestra do ex-capitão aconteceu no Centro de Eventos do Pantanal apenas para funcionários da Secretária de Segurança Pública. Storani finalizou a palestra lembrando que seja qual for a proposta feita, não se deve finalizar com fracasso. Missão dada é missão cumprida. “Essa frase foi tão utilizada que virou slogan do filme” concluiu.
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ANAMIR 16/05/2014
Tudo que ele disse sim eh o correto, agora espero q os sistemas d segurança leve isso a serio. Pois estamos a mercer dessa raça d bandidos e traficantes.
1 comentários