Mato Grosso segue livre da peste suína clássica (PSC), condição que reforça a credibilidade da suinocultura do estado no mercado internacional. A confirmação está no relatório final do 4º Ciclo do Plano Integrado de Vigilância em Doenças dos Suínos (PIVDS), elaborado pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) e estruturado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), nos 16 estados reconhecidos como livres da doença.
Entre julho de 2024 e junho de 2025, o trabalho envolveu vigilâncias clínicas e sorológicas, monitoramento de javalis abatidos e certificação de granjas reprodutoras. Foram coletadas 1.447 amostras em 105 propriedades de 62 municípios, todas negativas para PSC. Além disso, 137.867 suínos de 103 propriedades rurais em 61 municípios foram vistoriados, sem registro de sinais clínicos da enfermidade.
Segundo a responsável pelo Programa Estadual de Sanidade Suidea (PESS) do Indea, médica veterinária Daniella Schettino, os resultados asseguram a manutenção do certificado internacional conquistado em 2016 junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). “A manutenção dessa certificação permite que a carne suína produzida em Mato Grosso continue apta aos mercados internacionais mais exigentes em sanidade”, destacou.
O 4º ciclo contou com a participação das 14 unidades regionais do Indea, médicos veterinários oficiais e agentes fiscais. Schettino reforça a importância do monitoramento contínuo e da colaboração dos agentes de manejo no envio de amostras de javalis abatidos, fundamentais para evitar surtos.
Publicado em 2021, o PIVDS atualizou e substituiu a Norma Interna 05 de 2009, estabelecendo novos parâmetros para a vigilância dos estados que compõem a Zona Livre de PSC no Brasil.
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