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Cidades Domingo, 09 de Julho de 2017, 08:05 - A | A

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Domingo, 09 de Julho de 2017, 08h:05 - A | A

ILHA DA BANANA

Moradora há 30 anos do Largo do Rosário critica projeto e avalia que ‘novo’ espaço deve ser vivo

RAYANE ALVES

Moradora de três décadas do Largo do Rosário, popularmente conhecido como Ilha da Banana, a professora Cecília Arlene Moraes, 60 anos, participou das duas audiências públicas no salão paroquial da Igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito e criticou as propostas arquitetônicas da revitalização da região.

 

Reprodução

Ilha da BananaLargo do Rosário há 30 anos era sem asfato e ruas estreitas

Em entrevista especial ao HiperNotícias, Cecília relembrou os momentos da infância, apego emocional que o local lhe traz e a dor no coração em ver a demolição de todas as casas para transformar o Largo do Rosário (que a mesma se recusa a fazer referência como Ilha da Banana) apenas em um projeto contemplativo.

 

Na avaliação da professora, a ação da Secretaria de Estado das Cidades (Secid) em trazer a comunidade para acolher sugestões dos moradores e dos cuiabanos foi boa para tornar a ideia participativa. Porém, o Largo do Rosário não pode apenas se tornar em um espaço de lazer sem acompanhamento do Poder Público e projetos municipais que sustentem a obra. Pois, se não vai virar mais um museu depredado onde a comunidade não pode ir porque não vai deixar de ser espaço de atuação da criminalidade.

 

“Acredito que o programa deve incluir um espaço vivo com educação, equipamentos de sustentabilidade com energia alternativa, acessibilidade, escolas de gastronomia, museu interativo e social com inclusão digital onde pudesse reviver o patrimônio histórico”, disse.

 

O projeto usado como base para apresentação foi elaborado em 2012 em virtude da obra de implantação do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) em Mato Grosso. A obra proposta engloba uma área de 10 mil metros quadrados, onde será construída uma área de convivência, com pontos alusivos à cultura cuiabana.

 

A proposta envolve cinco patamares. O primeiro é referente à linha de memória que será composta por uma área de convívio, canteiro, jardins, arquibancadas e esguichos d’água. O segundo envolve uma área com pergolado de madeira, visão para o centro histórico e arborização. A terceira permite um espaço para a comunidade católica e cuiabana de modo geral realizar festas em um pátio com 1.500 m², além de agregar restaurantes, cafés e sanitários. Já os quarto e quinto patamares agregam recreação e o mirante com espaços para parques infantis, paisagismo, pista de skate e área de ginástica.

 

Reprodução

Ilha da Banana

 Uma das casas da professora serviu como agência de viagem

“Não basta construir. O importante é a manutenção onde os cuiabanos possam ser acolhidos com entretenimento, arena cultural, restaurante escola. Tudo para trazer emprego e renda e seja espaço povoado”, avaliou.

 

Voltando a infância

Alegrias, encontros, amizades eternas, rodas de conversas no chão puro, tomar banho de chuva e no córrego que desaguava na Prainha são as memórias da professora no Largo do Rosário.

 

“Ouvíamos os contos e lendas de Cuiabá. Fortalecia encontro com as pessoas em ambientes sem violência e harmonioso”, lembrou.

 

Cecília iniciou os estudos nos fundos da igreja do Rosário. Depois foi para o Asilo Santa Rita e por muitos anos foi aluna do Coração de Jesus.

 

“Éramos as meninas do Coração de Jesus. Sentávamos no chão com as filhas da dona Lurdes. Ela cozinha para a gente e colocava na travessa para a gente comer com as mãos. Isso é algo que não se vê mais na região. Apenas prédios abandonados, com mau cheiro e uso de drogas”, lamentou.

 

Reprodução

Ilha da Banana

Professora relembra momentos marcantes da infância no Largo do Rosário que acabou ficando abandonado

Cecília saiu da casa depois que se casou. Porém, continuou com uma empresa de agência de viagens e uma casa de artesanatos em uma das cinco casas que a família tinha na região.

 

Porém, em 2000 algumas famílias da região foram saindo por conta do volume alto de violência. “De 2010 para cá se incentivou ainda mais o crime. O largo do Rosário foi tomado por assalto e algumas famílias saíram. No meu caso em particular cansada de registrar boletim de ocorrência por conta de invasão e uso de entorpecentes fui obrigada a fechar com tijolo na entrada, porque não era possível nem alugar mais”, frisou.

 

TEdson Rodrigues

ilha da bananaCasas começaram a ser demolidas pela Secid-MT

“A demolição das casas representa dor pelo laço de amizade construída desde da infância. Mas, embora o aspecto físico tenha se esvaído permanece eterno as amizades. Nos encontramos em grupos das redes sociais e a amizade permanece pelo sentido e sentimento da cuiabania que é muito forte”, concluiu.

 

 

 

 

 

 

 

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Edson Rodrigues/HiperNotícias

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Benedito Addôr 09/07/2017

Propaganda Enganosa; passaram por cima do Artigo 2º da Instrução Normativa do IPHAN, que regulamenta todo o patrimônio histórico da cidade; não consideraram as Declarações do próprio IPHAN concedidas a diversos moradores. Além do fato do IPHAN/MT ser co-autor do projeto de demolição das casas da área frontal à Igreja do Rosário, sem as mesmas sequer estarem ainda declaradas de Utilidade Pública, para efeito de desapropriação; e ser co-autor do Decreto que as tornou de Utilidade Pública, um mês após a reunião entre o IPHAN e a Secopa, conforme Ata de Reunião. E responsável por instigar a Secopa a começar a visitar moradores, comerciantes, com pressão psicológica para ameaça de perda de propriedade; como foi o caso que fizeram em Outubro/2012, com a minha vizinha MARIA RITA DOS SANTOS RODRIGUES, que após visita do pessoal, com aquela velha estória que a casa não era mais dela, sendo hipertensa, não aguentou a pressão e teve um gravíssimo AVC; ficando imobilizada numa casa, ligada a um Home Care, de outubro/2012 até março/2015, quando veio a falecer. O hipernoticias fez a matéria intitulada "Morador argumenta em vídeo que Ilha da Banana não atrapalha a rota do VLT"; onde é demonstrado que a própria propaganda oficial do VLT, se não cumprida, tornou-se uma Propaganda Enganosa. Questionei: O Que é uma Propaganda Enganosa de um Governo? E nenhuma autoridade respondeu até agora. O Artigo 2º da Instrução Normativa, diz que o Entorno também tem PRESERVAÇÃO ASSEGURADA, e foi com base nesse Artigo que foram concedidas Declarações do IPHAN a diversos moradores da área. Entreguei esse Artigo para professores de Universidades, especializados, analisarem, e eles concluíram: A Preservação foi estendida ao Entorno também, confirmada pelas Declarações; e confirmada na própria propaganda oficial do VLT. Tem que analisar o conjunto: Instrução, Declaração e Propaganda. 1 + 1 + 1 = 3 fatores que confirmam isso.

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