Após a morte da menina Manoella Tecchio, de 3 anos, por suspeita de negligência médica na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sinop (a 503 km de Cuiabá), a prefeitura do município determinou o afastamento da médica que atendeu a criança. Isso porque, desde a morte da menina, no dia 8 de março, a família relata que procurou a unidade por duas vezes e a médica responsável não deu a devida atenção ao caso.
A Prefeitura de Sinop determinou ao Instituto de Gestão de Políticas Públicas (IGPP) - empresa que faz a gestão da UPA - que abra imediatamente uma sindicância para apurar o atendimento e os protocolos adotados que envolveram a morte da paciente.
A sindicândia deve implicar no afastamento das atividades profissionais da médica, para que a investigação dos fatos não seja afetada. Sendo assim, a profissional da saúde ficará impedida de acessar as instalações da UPA.
O tio de Manoella, o jornalista Wésllen Tecchio, relatou em um vídeo, no seu perfil do Instagram, tudo o que aconteceu. O apresentador explicou que a mãe da Manu - como era carinhosamente chamada pela família -, e o seu cunhado levaram a filha à UPA na última segunda-feira, com sintoma de tosse 'seca'.
Ao ser atendida, a médica solicitou exames, mas não fez nenhum no pré-atendimento e passou remédios espectorantes para tratamento da tosse. Na madrugada de quarta-feira (8), os pais da Manu retornaram à UPA, com os sintomas mais graves na criança. Foi quando Manu começou a receber oxigêneo e soro.
"Levaram ela para uma sala e depois de três horas, a notícia da morte da Manu. (...) Perdemos realmente o chão, não está sendo fácil enfrentar a morte, a perda da Manu. Essa menina cheia de vida de apenas 3 anos de idade. O que nos faz fazer esse vídeo e pedir resposta pra Justiça e pra autoridade policial é com relação ao atendimento que foi oferecido à Manu desde o primeiro dia que ele entrou na UPA", disse.
VEJA O VÍDEO
Segundo a Prefeitura de Sinop, a Manoella deu entrada na UPA no dia 7 de março, com queixa de deficiência respiratória e em poucas horas, houve um agravamento do quadro clínico.
De acordo com a direção da unidade, todos os protocolos médicos foram aplicados, no entanto, na madrugada do dia 8 de março, a paciente evoluiu a óbito.
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