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Cidades Sábado, 18 de Junho de 2011, 20:18 - A | A

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Sábado, 18 de Junho de 2011, 20h:18 - A | A

POUCA MOBILIZAÇÃO

Marcha da liberdade reúne 200 pessoas em Cuiabá

Tema central foi a legalização da maconha, apesar de organizadores não quererem que marcha fosse resumida a essa questão

ALIANA F. CAMARGO
[email protected]

Cristiane Guse
Em Cuiabá, cerca de 200 pessoas compareceram na marcha da liberdade

A marcha da liberdade realizada na tarde deste sábado (18) em Cuiabá reuniu 200 pessoas e muitos afirmaram que o pouco número de manifestantes foi ofuscada pela bandeira da legalização da maconha.

Para o filósofo e professor Manuel Motta, presente na marcha, a manifestação reuniu um conjunto de pessoas que estão compromissadas com um processo pela liberdade civil de expressão. “A questão da legalização é mais uma bandeira, um eixo central que fez pauta na lista pelas liberdades civis”, pontuou.

Indagado se a bandeira da legalização da maconha poderia ter impossibilitada de agregar mais manifestantes, o sociólogo posicionou-se dizendo que a fronteira da transgressão e da criminalidade é assumida com mais clareza pela juventude. Contudo, disse que a questão da polêmica erva começou na década de 30. “Isso é um processo cultural, antes da década de 30 a maconha era comum em rituais dos indígenas e dos afro-descendentes, porém veio a indústria norte-americana do tabaco que fez com que houvesse uma criminalização muito grande. Na década de 60, houve uma profunda proibição da prática cultural”, refletiu.

A marcha, realizada em outras 39 cidades pelo Brasil, contou com a participação de muitos jovens, em sua maioria formada por estudantes e alguns intelectuais, levantando várias questões sociais (veja abaixo algumas frases dos cartazes). Porém, pela intensa busca pela legalização da maconha, em processo por todo o país, o movimento contou com a participação de poucos participantes dos mil que confirmaram pela rede social facebook.

OUTRAS BANDEIRAS

Levantando a bandeira do meio ambiente, Herman de Oliveira lamentou os poucos manifestantes presentes. “A mesma desmobilização que faz com que as pessoas não discutam os problemas de sua cidade é o mesmo que não traz essas pessoas para a praça. Vivemos em uma cidade altamente preconceituosa”, afirmou.

Segundo Herman, a questão da legalização é um pequeno problema frente a tantos outros que a sociedade enfrenta. “Os gestores querem resumir os problemas sociais vinculando ao uso de drogas, mas a marcha reflete o caos social que está maqueado. Caos na educação, nos transportes, nos serviços da saúde, no processo de urbanização”, argumentou.

Entre tantos cartazes, haviam grupos em defesa da diversidade sexual, grupo de cliclistas que buscam um trânsito menos individual e mais coletivo para a Capital de Mato Grosso, entre várias bandeiras.

POLICIA MILITAR

O 1o Batalhão da Polícia Militar estava presente com cerca de cinco  viaturas para garantir o balizamento da marcha. Para o coronel Walter, as primeiras horas da marcha já indicavam que seria tranquilo por conta da pequena quantidade de manifestantes. “Trabalhamos pelo interesse público e vamos garantir que tudo saia tranquilamente e se precisar a última medida será a interferência”, afirmou.

Para o coronel Walter, houve uma tentativa de mobilização utilizando outros segmentos sociais para levantar a apologia à droga e isso fez com que reduzisse o número de manifestantes. 

Antes da marcha sair da praça Alencastro em direção à 8 de abril, manifestantes afinaram o entendimento com os policiais que leram as faixas e indicaram o que poderia ser divulgado.

ALGUMAS FAIXAS DA MARCHA

- Alimentos sem agrotóxicos
- Você não precisa respeitar a bicicleta, precisa respeitar o ciclista
- Por favor não afoguem o nosso coração, parem Belo Monte!
- Somos árvores que caminham, não ao Código Florestal!
- Legalize já!
- Ditadura não, verde para todos.
- Juntos somos imensidão!
- A liberdade não está na televisão
- Liberdade são políticas públicas inclusivas
- Por uma democracia compartilhada
- Contra homofobia nossa luta é todo dia
- Vem pra rua, vem contra a censura!

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Manoel F V Motta 19/06/2011

Aliana, não sou sociologo, sou formado em filosofia. Parabens pela cobertura da marcha.

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Himura 19/06/2011

Muito boa a matéria! É triste ver que graças à falta de ética profissional de alguns profissionais da imprensa a Marcha da Liberdade tenha sido ligada à marcha da Maconha. Mais triste ainda quando paramos para analisar e perceber o preconceito ridiculo - resquicio da ditadura - que está entranhado na mente de tais pessoas. Entretanto, acredito que esta Marcha foi apenas o primeiro passo. O povo está cansado de ver POLÍTICOS RECEBEndo FORTUNAS para CAGAR EM NOSSAS CABEÇAS(perdoem-me pela expressão). Queremos um país justo para todos. Queremos os corruptos no paredão! Afinal, corrupção também é traição à pátria... Enfim... Espero que na proxima vez, vocês cidadãos de Cuiabá tragam seus protestos para a rua. Ou estão satisfeitos com seus onibus? E com o serviço de saúde? E com....

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2 comentários

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