A mãe do pequeno Vicente Camargo, Karine Camargo, que morreu vítima de traumatismo craniano depois de sofrer uma lesão no berçario Espaço Criança Feliz, em Várzea Grande, diz ainda estar sem respostas sobre a morte do filho, de apenas 5 meses de vida. Para a polícia, a dona do estabelecimento confessou que bateu a cabeça de Vicente em uma quina de mármore, causando o traumatismo. Na semana passada, as responsáveis pelo espaço foram indiciadas pela Polícia Civil, por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Mas ainda assim, a mãe diz não entender as circunstâncias que levaram à morte de Vicente.
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Em entrevista à TV Centro América, nesta quinta-feira (23), Karine explicou que o filho estava em outro ambiente, onde não era comum de ele ficar, e que tinha a mesa de mármore.
"Eu não consigo entender. É muito difícil, é uma dor insuportável. Não consigo nem descrever essa revolta, sensação de impotência. Nada que eu faça vai voltar a vida do meu filho. O cenário que elas relataram, que era o cenário da batida, não é lugar que meu filho ficava. Era um totalmente diferente. Elas [donas] mostraram a sala pra mim onde não tinha o mármore. Não entendo porque meu filho estava nesse local pra fazer a troca, sendo que o local onde ele ficava tinha todo esse suporte, banheira, trocador (sic)", disse.
TV Centro América
O delegado Marlon Luz, que presidiu o inquérito, disse que a proprietaria bateu a cabeça de Vicente na quina de mármore quando fez uma manobra para tentar reanimar o bebê. A mulher afirmou que a criança estava "mole" e ela o virou de bruços para que o menino voltasse a respirar. Vicente chegou ao hospital com vida, mas não resistiu, em decorrência do traumatismo craniano, supostamente, sofrido no acidente.
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Conforme Karine, no dia da tragédia, Vicente estava bem e sorrindo quando foi deixado no berçário. Semanas antes, ele estava com uma virose, mas já havia se recuperado. A defesa da família disse que pretende recorrer e fazer o pedido para atuar no caso junto ao Ministério Público de Mato Grosso como assistente de acusação. Pretende usar como provas os exames médicos que foram feitos em Vicente nos dias antes da tragédia para provar que, no dia do ocorrido, o bebê já estava bem.
"A defesa vai fazer o pedido para acompanhar o inquérito, a finalização, como a assistente de acusação. Trabalhando junto com o Ministério Público. A gente quer juntar ao processo as provas que temos, de que o Vicente foi deixado bem [no berçário] no dia que aconteceu a morte. A gente vai estar apresentando os exames que ele fez, principalmente o hemograma, onde comprova que o Vicente estava bem", disse a advogada da família, Paula Suelen Franco.
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