A audiência de juri popular no Fórum da Comarca de Matupá realizado na segunda-feira (18), absolveu Mario Nicolau Schorr da morte de duas vítimas em uma chacina ocorrido na cidade em novembro de 1990. No primeiro julgamento do réu, em 2011, ele foi condenado pelas mortes, porém o juri foi anulado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
"(...) Sem que existisse qualquer tese exculpante quanto à conduta a ele atribuída, que teria se voltado contra os três mortos e não de forma individualizada com relação a cada um, não há outra medida senão designar nova Sessão do Tribunal do Júri", afirmou o juiz Fábio Petengill nos autos.
Na época do crime, o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que chegou a ser arrolado como testemunha do caso, era empresário e morava em Matupá, onde iniciou a vida política quando foi eleito prefeito. O ex-governador foi intimado a depor em outras ocasiões durante o processo, que tem mais de dez réus, mas nunca chegou a ser ouvido como testemunha.
Deve ir a júri novamente nesta segunda-feira (18), na Comarca de Matupá, a 696 km de Cuiabá, um dos acusados de ter participado da tortura seguida de morte de três homens no caso que ficou conhecido como 'Chacina de Matupá'. O primeiro julgamento de Mario Nicolau Schorr, no qual ele foi condenado pela morte de duas das vítimas, foi anulado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
As vítimas da chacina, Ivanir Garcia dos Santos, Arci Garcia dos Santos e Osvaldo José Bachmann, foram linchados por populares depois de terem feito crianças e mulheres reféns durante um assalto em 1990 no município. Na manhã daquele dia, a Polícia Militar prendeu três bandidos que haviam mantido mulheres e crianças reféns numa casa por mais de 15 horas.
Os criminosos se entregaram aos PMs, mas foram espancados e queimados vivos numa praça pública por 18 pessoas - todas civis. O caso foi filmado por um cinegrafista amador e as imagens rodaram o mundo.
Além dos réus civis, também foram acusados de terem contribuído para a ocorrência do triplo homicídio sete policiais militares de Matupá, já que as vítimas estavam presas e sob custódia dos PMs. Entretanto, eles não deverão ser julgados porque os crimes, ocorridos há mais de 20 anos, prescreveram na Justiça em fevereiro deste ano.
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