Há pouco menos de uma semana, três jovens foram executados com tiros de espingardas e pistolas em uma casa no bairro Cristo Rei, mas nenhum dos autores do crime foi identificado até o momento. No domingo (17), um policial militar foi assassinado durante um assalto e os criminosos foram todos presos em menos de 12 horas.
Alan Cosme/Hipernoticias
Jarbas foi categórico ao afirmar que não existe tratamento diferenciado em investigação
Essa agilidade em prender executores de polícia e uma certa morosidade para desvendar crimes como as chacinas do São Matheus, do Pedregal e do Cristo Rei, além de desvendar crimes causados por membros do Grupo de Extermínio, tem gerado um certo questionamento na sociedade: “Existe alguém sempre privilegiado com isso?”
A resposta foi dada nesta terça-feira (19) pelo secretário de Segurança Pública, Rogers Elizandro Jarbas, que foi categórico ao dizer que não existe seleção ou escolha em prender. O que muda o tipo de trabalho apresentado por agentes das polícias Militar e Civil é a forma como o crime acontece.
“Existe uma diferença entre latrocínio e homicídio. Os homicídios, segundo dados analíticos que temos, ocorrem entre 18h e 03h da madrugada, mais focados nos fins de semana e sempre as quintas-feiras têm um ápice de execução na Região Metropolitana. Como um homicídio é um crime de período noturno, até a presença de testemunhas acaba sendo prejudicada. Já o latrocínio é um crime diurno em que sempre haverá uma testemunha”, comentou o secretário.
“Como foi um latrocínio, em um lugar público, onde houve testemunhas, naquele primeiro momento as pessoas já apontaram os nomes e os policiais saíram em busca dos suspeitos. Como havia testemunhas em um crime na porta de um mercado, já tinha uma testemunha e foi mais rápido localizar. Porém o crime de homicídio é um crime de escuridão. Era um momento que ninguém estava próximo. É diferente de um roubo que evolui para uma morte”, explicou Rogers Jarbas.
O caso de latrocínio evidenciado pelo secretário ocorreu na porta de um mercado, no bairro CPA III, onde o policial sargento Danilo Ramires, 51 anos, "fazia bico" como segurança. Ele foi obrigado a se deitar, entregar a arma e, depois de rendido, levou três tiros, sendo um na cabeça.
Os envolvidos no caso foram detidos no bairro São João Del Rey, região do Coxipó, em Cuiabá. O secretário, por fim, frisou que trata todas as vítimas de homicídio de maneira indiferente.
“Jamais haverá prestígio. Todo cidadão é importante. O sargento era um profissional de segurança, mas tratamos como cidadão e graças ao bom comprometimento dos policiais, demos a resposta imediata”, concluiu.
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