A procura pela instalação de placas fotovoltaicas para a geração de energia solar está cada vez maior entre a população. O benefício da energia solar, como a redução na conta de luz em até 60%, chama atenção. No entanto, são necessários alguns cuidados quanto a instalação e manutenção dos equipamentos, que devem ser corretas e periódicas para evitar acidentes, inclusive com fogo.
No dia 6 de setembro, um incêndio nas placas solares de um pet shop do bairro Santa Rosa, em Cuiabá, destruiu parte da estrutura do edifício. As chamas foram controladas pelo Corpo de Bombeiros.
O fato chamou a atenção quanto aos riscos que placas fotovoltaicas podem trazer para residências e empresas que utilizam os produtos.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, hoje, não existe norma específica para o serviço, porém, a regularização das usinas é feita por meio de parecer técnico, após análise de uma comissão da corporação. No caso, essa análise não se aplica a residências familiares.
Ainda conforme os bombeiros, a corporação está trabalhando na elaboração de uma Norma Técnica para determinar medidas e especificações para o funcionamento dessa tecnologia no Estado, mas não será aplicada em residências de famílias no momento.
Para obter mais informações sobre os riscos de acidentes com energia fotovoltaica, o HNT conversou com empresário Charles Ayres, proprietário da Ayres Solar, em Cuiabá.
Ele explica que as instalações fotovoltaicas, assim como qualquer instalação elétrica, estão sujeitas a falhas de equipamentos e de instalação, que podem ocasionar incidentes.
“Uma placa de energia solar é energizada, e existe uma série de situações que podem levar a isso, não só uma má instalação. Mas é possível”, comenta o empresário.
O empresário orienta que, na hora de contratar o serviço de energia solar, é preciso ter atenção com a prestação do serviço, antes, durante e depois.
“Primeiro passo é ter o projeto elaborado por um técnico com quantos kWh a pessoa deseja gerar. Se ele vai querer aumentar essa geração no futuro, ele tem a possibilidade de já fazer o projeto inicial com a implantação dessas placas no futuro, sem precisar mexer no projeto. Todos os detalhes, o mais simples, é importante para que não haja nenhum problema futuro”, explica.
No processo técnico, Charles explica que o projeto elétrico é feito junto à concessionária de energia, a Energisa, que segue a regulamentação. O projeto, sendo aprovado, a Energisa realiza a troca do relógio para a empresa prestadora do serviço fazer a ligação.
“Se o projeto não estiver de acordo com as normas, não é aprovado. Por isso, eu digo que os detalhes mais simples são essenciais. Por exemplo, a troca da caixa acrílica que vai ao padrão, se não tiver o adesivo amarelo que indica que 'risco de choque elétrica geração própria', eles não aprovam a ligação".
Outro ponto apontando pelo empresário é a instalação elétrica da residência ou estabelecimento comercial.
“A parte elétrica da casa precisa de manutenção, ser trocada de tempos em tempos. A instalação antiga, os cabos velhos podem provocar incêndios, que não estão relacionados ao fornecimento de energia, mas a problemas estruturais do imóvel”, diz.
Charles explica ainda que os danos causados às placas fotovoltaicas podem ser causados por chuvas, ventos, dentre outros. Outro problema comum é a estrutura do telhado, que não suportar o peso dos painéis solares, que podem acabar se soltando do telhado.
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