Um grupo de indígenas de Mato Grosso, da etnia Paresí, da região de Campo Novo do Parecis (400 km de Cuiabá), foi para Brasília apoiar os manifestantes de direita contra a vitória de Luís Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições do segundo turno, realizada no dia 30 de outubro.
O grupo, liderado pelo cacique Rony Pareci, chamou atenção entre os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em um vídeo compartilhado nas redes sociais do próprio cacique, os indígenas aparecem em meio aos manifestantes, dando entrevistas à imprensa.
“Daqui para todos que forem assumir qualquer cargo ou escala de representação política no país, sabe que o povo acordou e o povo irá ajudar a construir, o povo irá fazer a fiscalização do controle social político”, diz o cacique.
Os indígenas também participaram dos atos antidemocráticos em Cuiabá, em frente a 13ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército. Na segunda-feira, um grupo de manifestantes se deslocou para Brasília para se juntar a outros grupos de todo Brasil que se reúnem em frente ao Quartel General do Exército, pedindo intervenção federal.
Os manifestos antidemocráticos tiveram início na noite de domingo, após o resultado da apuração que deu a vitória a Lula. Os apoiadores de Bolsonaro (PL) saíram para as ruas e começaram os manifestos.
Durante dez dias de protestos, os manifestantes bloquearam as principais rodovias federais e estaduais de Mato Grosso, chegando a 86 pontos de bloqueio totais.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), desde a manhã de quarta-feira (9), não ocorre nenhum bloqueio nas rodovias de Mato Grosso. No entanto, ainda há manifestantes em diversos pontos onde houve as interdições.
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