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OPRESSÃO NAS PALAVRAS

HNT TV: "O letramento racial tem que começar nas famílias", diz Bertolotti

O idealizador do Prêmio Jejé de Oyá acredita que pais e mães influenciam diretamente na naturalização do racismo em atitudes simples e devem conscientizar os filhos

Camila Ribeiro
DA REDAÇÃO

O idealizador do Prêmio Jejé de Oyá, Jeferson Bertolotti, defendeu no HNT TV Entrevista que o letramento racial precisa nascer dentro das famílias. Para ele, embora já haja um esforço crescente em torno do tema, ainda é necessário um trabalho constante de conscientização. O objetivo é transformar comportamentos naturalizados, como as chamadas “piadinhas” racistas, em atitudes mais respeitosas e conscientes. 

Segundo Bertolotti, o letramento racial passa pela desconstrução de palavras e expressões ofensivas que se tornaram comuns no cotidiano. Termos como “mulato” ou “mulata”, por exemplo, têm origens que associam pessoas negras a animais, reforçando estigmas e desumanizando identidades. Ele cita ainda a palavra “denegrir” como exemplo de como, historicamente, a cor negra foi vinculada a algo negativo, refletindo preconceitos estruturais. A educação antirracista, portanto, começa na linguagem.

O idealizador lembra o espetáculo “Sankofa”, do artista André De Luca, como um exemplo prático de letramento racial na cultura. A peça revisita palavras e expressões que, ao longo do tempo, foram usadas de forma pejorativa contra pessoas negras. “Sankofa” significa “voltar ao passado para buscar o que é nosso” e reforça a importância de revisitar a história para ressignificar práticas e discursos. Para Bertolotti, iniciativas como essa ajudam a ampliar a consciência social sobre a importância da linguagem na luta contra o racismo.

"Esse espetáculo, o André, traz todas essas palavras que ao longo do tempo foram palavras ofensivas, que machucavam. E por ter um sentido ofensivo ali", disse Jeferson.

Ele destaca que essa mudança de mentalidade precisa ser cultivada no ambiente familiar. Pais e mães funcionam como referências para as crianças e adolescentes, que absorvem aquilo que ouvem e veem em casa. 

"Se dentro de uma casa o pai e a mãe reproduzem isso, automaticamente, o menor de idade vai beber daquelas informações. E ele vai colocar para fora aquilo que ele aprende dentro de casa. O letramento racial, ele tem que começar nas famílias", ressaltou Jeferson.

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