HNT TV: "Não tem mais volta", diz Letícia Sabatella sobre mulheres na indústria do cinema

Embora as profissionais do segmento estejam conquistado espaço, a atriz ressalta que é necessário pactuar leis para que a escala se consolide

CAMILA RIBEIRO
Da Redação

Daniel Souza/HNT TV

A atriz Letícia Sabatella, que encerrou recentemente a gravação do filme 'Religare' em Cuiabá, disse ao HNT TV Entrevista que "não tem mais volta" a consolidação do espaço das mulheres em produções cinematográficas. De acordo com a atriz, essa abertura do mercado enriquece a construção de novas narrativas. O longa, que tem Sabatella como protagonista, é um desses exemplos pois conta com o roteiro e direção de Marithê Azevedo; Fernanda Tanaka como diretora de Fotografia; Maria Morena diretora de som; Júlia Lacerda como assistente de câmera e Leila Sayuri como assistente de vídeo.

"Acho que a gente tá brigando bonito para isso e a gente tá conseguindo. Mas está tendo que brigar", disse a atriz.

Embora o mercado cinematográfico esteja menos fechado ao ingresso de mulheres, Sabatella pondera e ressalta que a necessidade por uma legislação que assegure a presença feminina ainda é evidente.

"A gente precisa de leis, a gente realmente precisa ainda desses projetos, desses apoios, realmente precisa ser lei. Precisa ser, porque não é fácil. Ainda não é uma partida ganha, mas a gente tá vendo, eu tô vendo isso acontecer", falou.

Letícia Sabatella acredita que a mulher exerce uma contribuição direta a qualidade das produções por ter um olhar diferente dos homens. Segundo ela, o cinema nacional estava cansativo, apenas repetindo narrativas. Mas as mulheres agregam estão chegando com uma visão disruptiva e desafiadora.

"É muito bom que isso aconteça pra todo mundo. Isso que é legal. É bom pra homens e mulheres, é bom pra todo mundo que se enriqueça o olhar. Porque fica mais instigante, os filmes vão ficando melhores, porque tava um pouco cansativo. Todas as vezes você via filme na história de um homem à procura, um menino que não consegue amadurecer. As histórias ficam mais ricas, ficam mais verdadeiras, ficam mais dignas de serem contadas à medida que a gente tem essa contribuição efetiva", concluiu.

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