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Cidades Domingo, 07 de Agosto de 2022, 11:20 - A | A

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Domingo, 07 de Agosto de 2022, 11h:20 - A | A

DISPUTA POR METRO QUADRADO

Grandes redes de farmácia incluem cidades maiores de Mato Grosso na rota de expansão

Conforme o Sincofarma, as redes de farmácia Raia Drogasil, Pague Menos e São Paulo, são empresas que visam crescimento na Bolsa de Valores e têm projeto expansão a longo prazo

MÁRCIA TOMAZ
Da Redação

Mato Grosso entrou de vez na mira dos investidores do mercado farmacêutico e, desde 2018, vem ganhando inúmeras novas farmácias. Grandes redes já conhecidas, como Raia Drogasil, Pague Menos e, agora, a rede São Paulo estão ampliando o número de lojas no Estado e principalmente na Capital.

As três redes parecem estar disputando o metro quadrado nas principais avenidas de Cuiabá. Recentemente, inauguraram lojas na avenida Aclimação no bairro Bosque da Saúde, próximo ao Hospital São Mateus, em uma mesma quadra. Elas ficam quase de frente uma para a outra. No bairro Jardim Cuiabá, nas imediações do Complexo Hospitalar Jardim Cuiabá, a situação é mesma.

O mercado de varejo farmacêutico tem se consolidado nos últimos tempos e dados da Junta Comercial do Estado apontam que, de janeiro de 2018 a janeiro de 2022, houve um crescimento significativo de 30% no número de drogarias abertas em Mato Grosso, tanto de grandes redes, como de franquias e lojas independentes.

Conforme o Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado de Mato Grosso (Sincofarma), as redes de farmácia Raia, Drogasil, Pague Menos e São Paulo são empresas que estão na Bolsa de Valores e têm projetos de expansão a longo prazo.

A rede São Paulo, por exemplo, fez uma fusão com a rede Pacheco para ganhar força e entrar na Bolsa de Valores. As duas marcas, que lideram o varejo farmacêutico no Rio de Janeiro e em São Paulo, estão expandindo pelo país. Elas chegaram recentemente a Cuiabá e pretendem abrir lojas também no interior do Estado.

“Houve uma invasão no Estado das grandes redes farmacêuticas de 2014 para cá e, em 2020, com a covid-19, elas aumentaram mais os números de lojas em Mato Grosso. Nós estamos vendo um crescimento e uma guerra das grandes redes, elas não tinham descoberto Mato Grosso ainda”, comenta o presidente da Sincofarma, José Antônio Parolin.

O presidente explica que as grandes redes começaram em Cuiabá e atualmente estão se expandindo para as grandes cidades do interior de Mato Grosso. A ideia delas é ter uma farmácia em todas as cidades acima de 100 mil habitantes.

“É um projeto de expansão de grande porte. Eles têm que prestar contas para o investidor que comprou ações da empresa na Bolsa de Valores, independente da farmácia dar lucro ou prejuízo. Por exemplo, as redes têm projetos de dobrarem o número de lojas durante um ano, para poder subir as ações na bolsa de valores. Então, essas grandes redes não vivem da venda de medicamentos, a venda medicamento, na verdade, é só uma desculpa para eles etrarem na bolsa”, explica.

Segundo Sincofarma, até 2018, 1.849 drogarias foram registradas na Junta Comercial . Em fevereiro de 2022, os registros subiram para 2.203.

Antônio aponta que nem sempre o campo de batalha do varejo farmacêutico consegue expandir, a exemplo a Drogaria Rosário, que não deu certo no Estado. Para ele, caso a empresa estivesse na Bolsa de Valores, poderia ter ganhado território não só em Mato Grosso, mas em todo o país, a exemplo da Pague Menos, Raia Drogasil e São Paulo.

“Quando receita é maior que as despensas, aí os números não fecham. Mas quando o dinheiro não é seu é da bolsa, pouco importa se farmácia está dando prejuízo ou lucro. Na Bolsa, elas vendem ações, quanto mais vendem, mais têm que investir e expandir o negócio, porque o investidor está acreditado naquilo e essas expansões não são feitas com lucros das vendas nas farmácias, mas com dinheiro injetado na compra das ações na Bolsa. Quanto mais unidades eles abrem, mais investidores vão acreditar naquele negócio, mais vão comprar e mais as ações vão estar valorizadas no mercado, é assim que funciona”, destaca.

Raia Drogasil e São Paulo são redes que contam com estruturas de alto padrão, que são ligados ao grupo de consumidores A e B, que ofertam além de medicamentos, cosméticos e produtos de ponta de alta qualidade.

A rede Pague Menos vem do Nordeste, no Ceará, com uma estrutura mais simples e oferta um preço mais acessível aos consumidores de todos os grupos.

“As farmácias são vitrines dos laboratórios. Quem leva vantagem é consumidor, que vai comprar onde tem o melhor preço, a melhor condição. Agora, quem perde com isso são as pequenas farmácias, que vão acabar sumindo do mercado, que é quem presta atendimento solidário, diferenciado para os clientes. A tendência delas é ir sumindo, vai caindo o movimento, lucro e fecham as portas”, lamenta o presidente.

Para Antônio, na disputa entre as grandes redes quem leva vantagem é o consumidor das classe A e B.

"Por um lado, o consumidor de alta renda está sendo beneficiado. Já o de baixa renda vai estar prejudicados, porque a tendência é as farmácias independentes irem sumindo devagar, sendo engolidas, na verdade, pelas grandes redes”, ressalta.

Dados da Sincofarma apontam que houve também uma expansão das redes de franquias farmacêuticas.

“As outras redes, como Max Popular, Ultra Farma, são de franquias, mas que também estão crescendo no Estado. Elas já precisam do lucro na venda de medicamentos, porque compram direto dos laboratórios”, finaliza Antônio.

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