A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) emitiu um comunicado confirmando que os caracóis encontrados em Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá) são da espécie indiana conhecida como Macroclamys. Os insetos foram encontrados por moradores do bairro Cohab, no início de dezembro 2021.
Na época, a Vigilância Sanitária da cidade iniciou uma fiscalização e capturou exemplares, que foram encaminhados ao laboratório da Fiocruz, no Rio de Janeiro (RJ).
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Em novembro, o site Uol noticiou a aparição do animal em dois estados brasileiros, Paraná e São Paulo. O bicho está associado à destruição de plantações e pode hospedar vermes causadores de doenças gastrointestinais e até meningite.
A prefeitura emitiu uma nota de esclarecimento sobre o caso. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, na quarta-feira (26), recebeu um ofício da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) informando que o caracol coletado e enviado para análise como suspeito de ser o “caracol indiano” foi identificado como Macroclamys, espécie exótica invasora (que causa danos na agricultura), e que as análises parasitológicas não puderam ser realizadas.
De acordo com o coordenador da Vigilância Sanitária de Chapada dos Guimarães, Marcelo Amaro, neste momento a prefeitura aguarda um posicionamento da SES para poder tomar as providências necessárias. Ele afirmou ainda que no Brasil não foram encontrados moluscos dessa espécie que sejam vetores de algum tipo de microrganismos.
Por sua vez, a SES informou que é espécie exótica. Os laudos e providências serão encaminhados à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e ao Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) por serem as entidades que fazem o controle desse animal no Estado.
CONFIRA A NOTA NA INTEGRA:
Esclarecimento sobre o caracol indiano encontrados em Chapada dos Guimarães A Secretaria Municipal de Saúde de Chapada dos Guimarães informa que no dia 26 de janeiro de 2022 recebeu um ofício da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) informando que o caracol coletado em Chapada dos Guimarães e enviado para análise como suspeito de ser o “caracol indiano” foi identificado como Macroclamys, espécie exótica invasora (que causa danos na agricultura), e que as análises parasitológicas não puderam ser realizadas.
Portanto, estamos aguardando o posicionamento SES-MT que em ofício disse que estará elaborando um informe para estabelecer o fluxo das informações sobre estes animais.
De acordo com o coordenador da Vigilância Sanitária de Chapada dos Guimarães, Marcelo Amaro, ainda não foi encontrado no Brasil moluscos dessa espécie que sejam vetores de algum tipo de microrganismos. Já a SES-MT diz que, por se tratar de uma espécie exótica, os laudos e providencias serão encaminhados a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) e Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (INDEA-MT) por serem as entidades que fazem o controle desse animal no estado.
A partir de agora, a Secretaria Municipal de Saúde seguirá as orientações dos órgãos estaduais competentes para dar seguimento às ações que nos compete como Vigilância em Saúde.
CARACOL INDIANO
Natural da Índia, o bicho, apesar de ser pequeno e parecer inofensivo, já foi associado à destruição de plantações em diversos países e é um possível hospedeiro de vermes causadores de doenças gastrointestinais e até meningite. A primeira aparição do animal em terras brasileiras foi em 2019, no Paraná.
Pesquisadores suspeitam que os caracóis tenham chegado ao Brasil pelo mar, possivelmente escondidos em alguma carga de plantas vivas. Batizada de caracol indiano, esta espécie de caracol gosta de ambientes úmidos, quentes e escuros, o que permite o mapeamento dos locais com condições ideais para sua proliferação no Brasil.
Estes animais podem hospedar ao menos duas espécies de nematoides consideradas causadoras de doenças: Angiostrongylus cantonensis, que pode provocar meningite ou meningoencefalite, e o Angiostrongylus costaricensis, que causa angiostrongilose abdominal, infecção que provoca dor semelhante à apendicite.
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