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Cidades Sexta-feira, 26 de Setembro de 2025, 09:03 - A | A

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Sexta-feira, 26 de Setembro de 2025, 09h:03 - A | A

EXPLORAÇÃO DE TRABALHO

Fazenda que mantinha trabalhadores em situação semelhante à escravidão é de Miss MT

Vinte trabalhadores, incluindo um adolescente, foram resgatados em condições degradantes na fazenda de Taiany Franca Zimpel, ex-Miss Mato Grosso. Empresa firmou acordo com MPT-MT e pagará indenizações.

Sabrina Ventresqui
Da Redação

A fazenda Eliane Raquel e Quinhão, em Nova Maringá (400 km de Cuiabá), que recentemente foi alvo de uma ação do Ministério do Público do Trabalho em Mato Grosso (MPT-MT) por trabalho escravo é de propriedade de Taiany Franca Zimpel. Ela, que foi Miss Mato Grosso em 2016 e Miss MT Internacional em 2024, não se pronunciou sobre o caso.

Na ação, vinte trabalhadores, incluindo um adolescente de 17 anos, foram resgatados em condições análogas à escravidão. As vítimas foram contratadas pela empresa T.F. Zimpel Ltda. para cortar e empilhar madeira.

Segundo o MPT, a empresa e os proprietários da fazenda foram responsabilizados solidariamente, já que se beneficiaram da exploração.

A fiscalização encontrou alojamentos precários, falta de água potável, ausência de registro em carteira, salários não pagos e ausência de equipamentos de proteção.

Também houve relatos de intimidação por pessoas armadas e restrição da liberdade de locomoção.  As condições de trabalho encontradas pelos órgãos de fiscalizaram eram degradantes.

Os trabalhadores dormiam em colchões velhos sobre o chão de terra ou em redes ao lado de tambores de combustível, sem ventilação.

A água para consumo vinha de poços contaminados e o banho era tomado em córrego turvo. A alimentação era insuficiente, com relatos de que sobreviviam de açaí e caça de animais silvestres.  

LEIA MAIS: Operação resgata 20 trabalhadores em condições análogas à escravidão em fazenda de MT

A empresa firmou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério do Trabalho. O acordo prevê: Pagamento de R$ 418 mil em verbas salariais e rescisórias; R$ 1 milhão por dano moral coletivo, destinado ao Projeto Ação Integrada – Mato Grosso; R$ 200 mil por dano moral individual, equivalente a R$ 10 mil para cada trabalhador.

Além disso, a Auditoria-Fiscal do Trabalho emitiu guias de Seguro-Desemprego Especial, garantindo três parcelas de um salário-mínimo a cada vítima. Autos de infração também foram lavrados.  

 

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