Inspirada em sua experiência de maternidade e nas coisas que gostaria ter como uma lembrança material, a doula Thattiany Carvalho Leite, 33 anos, cria verdadeiras joias a partir do leite materno, cordão umbilical e placenta. 

Alan Cosme/HiperNoticias

 A doula desenvolveu a técnica a partir de uma vontade de eternizar lembranças da maternidade

Mãe de dois filhos, ela conta que teve dificuldades na amamentação do seu primeiro filho, pois ele nasceu com baixo peso e teve hipoglicemia. Superada a fase, o leite se tornou um símbolo daquele momento único. 

“Tudo que eu procuro fazer são coisas que eu vi na maternidade e queria guardar para sempre aquele momento. Eu achei fantástica a ideia e é uma forma de eternizar uma fase que é muito prazerosa, mas para muitas mulheres não é fácil continuar a amamentação”, conta.

Thattiany lembra que viu as peças na internet e se interessou em encomendar a arte, porém não se sentiu segura em mandar seu leite para outra cidade.

Diante do desejo de ter algo igual para si, mas sem saber como fazer o acessório, a doula pesquisou muito e realizou inúmeros testes até chegar a maneira ideal para a produção das lembranças.

Thattiany diz que a mãe que deseja o produto deve mandar para ela 30 ml do leite materno. O material passa por um processo químico que transforma o líquido em pó e depois é endurecido. Todo o processo leva em média 25 dias.

O pingente pode ter o formato que o cliente desejar. Ela tem algumas forminhas como de coração, flor, gota, entre outras para o molde da peça. “Eu quero poder eternizar na peça algo que não vai voltar”, comenta.

Cordão umbilical e placenta

Além dos pingentes de leite materno, a doula também trabalha com o encapsulamento e a homeopatia de placentas. Ela desidrata a placenta, mói e a coloca em cápsulas para mães que desejam consumir o conteúdo, pois ajuda na amamentação, no equilíbrio dos hormônios e evita a anemia. Não se esquecendo da homeopatia que é voltada para tratar o emocional da mulher.

A placenta também é usada para a produção de quadro decorativo. “A parte da placenta que o bebê fica dentro, é cheio de veias como se fossem galhos de arvore”, diz ela. 

Ela elabora a o objeto de decoração colocando a placenta em uma forma, uma folha especial sobre o material e o sangue que passa da placenta para a folha forma o desenho de uma árvore. A peça é emoldurada e mãe pode guardar ou usar como pela decorativa.

Outro mimo é produzido com o cordão umbilical. Dependendo do tamanho do cordão, Thattiany o desidrata em uma máquina e consegue moldá-lo no formato que a mãe deseja. Podem ser flores, corações e mesmo o nome do filho.

A doula divulga seu trabalho e receb encomendas por meio do perfil em rede social maeedoula.

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