Na esteira da corrida pelo ouro em Pontes e Lacerda, um dos assuntos mais comentados sobre a cidade é a prostituição na Serra do Caldeirão. Fotos, vídeos e muitos comentários dão conta de que há intensa atividade sexual dentro do garimpo, com striptease e tudo o mais. Só quem conhece ou trabalha na serra percebe que não é bem assim.
Quando perguntamos sobre a prostituição no garimpo, rapidamente um nome é apontado por todos. "Fala com Babalu, ela que é a chefe das meninas"; "ela que tem uma boate aqui", dizem. Resolvemos então procurá-la. A primeira pista está no próprio garimpo. É que Babalu tem dois 'barrancos' -- frentes de trabalho na busca pelo ouro --, onde emprega quatro homens. Mas ela mesmo, nada.
André Romeu / HiperNotícias

Babalu diz que não é dona de cabaré e não agencia programas, mas as garotas frequentam seu bar em busca de clientela
O segundo lugar onde seria fácil encontrar a famosa Babalu é seu bar. Montamos plantão por lá até que, de repente, por volta das 19h, surgiu uma mulher de cabelo loiro e curto, altura mediana e pele clara. Ao descer do carro e perceber uma máquina fotográfica, ela brincou: "Vão me filmar para aparecer no Fantástico?".
Depois dessa brincadeira ela logo atendeu a equipe HiperNotícias em seu bar. Afinal, queríamos saber se é realmente verdade todas as histórias que dizem sobre ela. As más línguas falam que Babalu estaria lucrando mais de R$ 10 mil por dia com o 'agenciamento de suas meninas'. Tudo mentira, diz ela. "Eu não gerencio garotas de programa e nem faço programa".
"Não existe festa na Serra do Caldeirão, não existe prostituição por lá e também não sou dona de nenhuma boate. Hoje, no garimpo, eu tenho duas frentes de trabalho e sou empresária. Lá só tem buraco de escavação. Ninguém vai lá para ficar trepando com mulheres", contou a empresária.
André Romeu / HiperNotícias

Quando se pergunta sobre prostituição no garimpo, o nome mais falado é o de Babalu
Apesar de negar, Babalu é conhecida na cidade como a dona do "cabaré". Quando uma pessoa diz que está indo ao famoso Mix Bar, já sabem que lá não é apenas um bar. Além de cervejas, uísques e música, os frequentadores encontram mulheres cobrando por um programa. Babalu nega que ali seja um cabaré.
"Não, aqui não é cabaré. Aqui é um bar, onde as meninas chegam para fazer festa e acabam saindo com os rapazes, como em qualquer outro lugar", respondeu.
André Romeu / HiperNotícias

"Lá só tem buraco de escavação. Ninguém vai lá para ficar trepando com mulheres", garante Babalu
Questionada sobre o boato de que ela seria a responsável por levar as meninas para a serra e fazer mais de R$ 10 mil ao dia só agenciando programas com os garimpeiros, a resposta também é negativa.
"Você sabe como é garimpo, né? Aquilo ali é vida bruta. Quem aguenta trabalha, quem não aguenta só olha. Por ali gira dinheiro, e não é pouco, mas eu não gerencio nada, só meu bar. Se teve aumento de clientela, claro que teve, mas aqui não é cabaré. Lá em cima do morro também não existe nada disso que estão divulgando. Você acha que se eu tivesse tirando mais de R$ 10 mil por dia levando meninas pros homens de lá, eu estava cavando buraco pra encontrar ouro?".
André Romeu / HiperNotícias

Babalu conta que já se prostituiu no passado, mas apenas programas de luxo, inclusive na Europa
Babalu acredita que essa fama de cabaré, festas em garimpos e até fantasias criadas por quem não conhece o lugar pode estar ligada com seu passado. Ela confirmou que foi prostituta no passado, mas de alto luxo, com passagens pela Itália, França e Rio de Janeiro. Segundo ela, tudo começou quando teve a primeira corrida pelo ouro em Pontes e Lacerda.
"Eu nasci em Jauru e vim pra cá para trabalhar no garimpo. Tinha 13 anos e minha família era muito pobre. No garimpo, eu me casei a primeira vez com 16 anos. Até então eu não era prostituta, porém apanhava muito do marido e larguei dele. Nesse momento eu disse pra mim que ia curtir mais. Foi quando me tornei prostituta. Viajei muito, ganhei muito dinheiro, me casei na Espanha e depois desse casamento, que durou oito anos, eu parei com programas e resolvi ser empresária. Conheço muito da vida. Essa fama que eu tenho é por conta do passado, mas sei que não sou odiada e tem muita gente que gosta de mim aqui", disse Babalu.
André Romeu / HiperNotícias

Prostituição que nada, Babalu mantém duas frentes de trabalho na Serra do Caldeirão, em busca do ouro
Sem delongas e conversinha, no fim da entrevista ela brincou. "Que fama, ein? Eu gosto, pois a minha popularidade já rendeu convites para ser candidata a vereadora daqui. Acho que eu ganho, pois conheço tudo e se eu abrir a boca a casa de muita gente cai", gargalhou a empresária, que atendeu vários telefonemas durante a entrevista e, entre um gole e outro de cerveja, falava de sua vida: trabalho e mais trabalho.
"Quem trabalha feliz, vive feliz. O povo mente demais, mas enquanto eles mentem com meu nome, mais feliz eu fico. Não devo nada a ninguém e não faço nada de errado", finalizou Babalu, que preferiu não falar seu nome de batismo e nem disse se já encontrou algum pedaço de ouro na Serra do Caldeirão.
André Romeu / HiperNotícias

Afinal, todos que estão no garimpo querem apenas uma coisa: a riqueza solidificada nesses pequenos pedacinhos dourados
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.
Auriene do nascimento pinto 16/02/2022
To querendo entra ai como eu entro
Auriene do nascimento pinto 16/02/2022
Como eu entro ai to querendo min fala ai
2 comentários