Usuários do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/MT) em Cuiabá reclamaram da demora no atendimento nesta segunda-feira (11). No setor de atendimento havia muitas pessoas na espera e desconforto era vísivel. Mayke Toscano/Hipernotícias 
Maria Auxiliadora, presidenre do sindicato, não descarta realização de outra greve dos servidores
O açougueiro Jeferson da Silva disse que já estava há uns 40 minutos esperando o atendimento e que sua senha ainda estava longe para ser chamada. “Desde a hora que cheguei está lotado. É uma vergonha o que está acontecendo aqui. Eu vim para pegar minha habilitação que renovei e pelo jeito vou demorar muito para ser atendido”, criticou.
Mas a queixa não é só de Jeferson. O motorista Joás de Oliveira, disse que é a quarta vez que vai ao Detran para conseguir atendimento e não tem seus problemas solucionados. Para ele o atendimento pós-greve voltou ainda pior. “Nem sei qualificar como está este atendimento. É a quarta vez que venho aqui para pegar a renovação da minha carteira. Eu vim antes mesmo do início da greve e até agora nada. Tem mais de uma hora que estou esperando”, desabafou.
Por meio de assessoria o Detran informou que a demora acaba acontecendo, pois houve acúmulo de serviços, mas garantiu que em até um dia ou no final da tarde de hoje, os serviços estarão normalizados.
GREVE DOS SERVIDORES
Uma reunião na sexta-feira (8) pôs fim a greve dos servidores do Detran. O acordo aconteceu com a presidente do sindicato, Maria Auxiliadora e o secretário da Casa Civil, José Lacerda.
Maria explica que apesar da volta, o pedido da categoria ainda não foi definido, mas que o secretário pediu o retorno ao trabalho para dar “voto de confiança” ao governador Silval Barbosa (PMDB).
“Retornamos ao trabalho a pedido do secretário da Casa Civil. Estamos confiantes de que o governador vai nos atender. Acredito que vamos avançar nas negociações”, disse.
A presidente do sindicato disse ainda que a volta foi também motivada porque o governador havia dito anteriormente que não negociava com categoria em greve. “Voltamos ao trabalho para tentarmos o acordo com o governador, mas não vamos abrir mão dos 90% de reajuste nos salários, estamos dispostos a negociar”, finalizou.
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