O Governo de Mato Grosso, em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Fundação Uniselva, deu um passo importante para a autonomia e inovação no setor de fertilizantes. Um convênio foi firmado para a elaboração de um diagnóstico completo sobre a cadeia de produção no estado, com o objetivo de subsidiar a futura instalação de um Hub de Fertilizantes. O projeto, que integra o Centro de Excelência Nacional em Fertilizantes, tem um investimento total de R$ 662,5 mil e previsão de término em setembro de 2026.
A pesquisa será conduzida por especialistas da UFMT e visa fornecer dados para a criação do Hub, uma iniciativa nacional aprovada pelo Conselho Nacional de Fertilizantes (Conferte). A inclusão de Mato Grosso no projeto, inicialmente não prevista, é resultado de uma articulação conjunta entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), UFMT, Assembleia Legislativa e entidades do setor produtivo.
O movimento em direção à criação de hubs de fertilizantes no Brasil começou em 2022, impulsionado pela publicação do Plano Nacional de Fertilizantes e pela crise de abastecimento gerada pela guerra na Ucrânia. A estratégia é vista como crucial para a segurança alimentar e para o desenvolvimento econômico do país.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, enfatizou a importância estratégica do projeto. “Mato Grosso responde por mais de 30% da produção de grãos do Brasil e consome cerca de 25% dos fertilizantes usados no país, mas seguimos dependentes das importações, que chegam a 85%.” Para ele, o hub representa mais do que uma questão econômica. “O hub vai nos permitir avançar não apenas em autonomia, mas também em pesquisa, desenvolvimento tecnológico e uso de bioinsumos, alinhando competitividade e sustentabilidade”, afirmou.
Linacis Silva Vogel Lisboa, secretária adjunta de Agronegócios, Crédito e Energia da Sedec, ressaltou o impacto positivo do convênio em outras áreas. “Trata-se de uma pesquisa de ponta, inovação tecnológica e formação de mão de obra altamente qualificada. Isso fortalece a universidade, atrai investimentos privados e cria novas oportunidades para a sociedade mato-grossense”, destacou.
O diagnóstico também irá explorar o potencial de adaptação tecnológica de fertilizantes ao clima tropical e o desenvolvimento de bioinsumos, alinhando-se a políticas estaduais como o Plano Estadual de Fertilizantes e a estratégia de Agricultura de Baixo Carbono (ABC+).
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