A 18ª Campanha Nacional da vacina contra a Influenza A/H1N1 começa neste sábado (30), na rede pública, em Mato Grosso. A ação segue até o dia 20 de maio e tem o intuito de imunizar 650 mil pessoas. A meta é atingir pelo menos, 80% dos grupos elegíveis. Para isso, estão previstos no Estado 815 postos de vacinação distribuídos nos 141 municípios.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), o público alvo da vacinação são crianças na faixa etária de seis meses a cinco anos, trabalhadores de saúde das unidades que fazem atendimento para a influenza, trabalhadores do sistema prisional, população indígena, gestantes, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e com outras condições clinicas especiais.
A gerente de Vigilância em Agravos da SES, Cláudia Soares de Sousa, explica que a influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, como também é uma patologia que é considerada um problema na saúde pública do Brasil, que pode, inclusive, levar à morte, especialmente, nos grupos de alto risco, que já foram citados acima.
"A cada ano esta gripe pode se apresentar de forma diferente, assim como a infecção pode afetar diferentemente as pessoas. A principal intervenção preventiva em saúde pública para este agravo é sem dúvida, a vacinação", comentou.
Já na avaliação do médico Marcelo Sandrin, nos últimos dois anos, mais de 25% da população alvo deixaram de vacinar. Por isso, o vírus chegou mais cedo, além de fatores climáticos que também contribui para a transmissão.
“O vírus é o mesmo. Não é mais mortal e não houve mutação. O problema é que com a falta de imunização. Ele continua encontrando novas vítimas, e muitas até fatais. Então nesse caso, sempre a melhor solução é a vacina”, alertou.
Segundo Sandrin, a gripe H1N1 tem os sintomas bem parecidos com os da gripe comum. Inclusive, a transmissão. Por exemplo: febre alta, tosse, dor de cabeça, dores musculares, falta de ar, espirros, dor na garganta, coriza, congestão nasal, náuseas e vômitos e diarreia.
“As pessoas estão assustadas porque a doença pode levar a morte. No entanto, do que adianta o medo generalizado e o pânico, se a sociedade não vai se vacinar? A campanha de vigilância sempre deve ser mantida para todos os vírus, porque sempre da próxima vez o vírus pode vir com maior intensidade”, alertou o médico cuiabano.
Três mortes foram confirmadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), por H1N1. A primeira foi de um idoso de 73 anos, que morava na Capital. Ele foi internado no dia 11 de fevereiro e faleceu depois de ficar nove dias internado, mas os resultados que confirmaram a doença só foram entregues no final do mês passado.
Além do idoso, a SES confirmou outras duas mortes que ocorrem em março deste ano. As vítimas são uma mulher de 32 anos que morava em Água Boa e um adolescente de 16 anos de Várzea Grande.
NÚMEROS
Até o momento, 200 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRGA) foram notificados em Mato Grosso. Deste total oito foram descartados e 188 continuam em investigação.
Quatro casos notificados tiveram resultados positivos para Influenza A H1N1. Deste número, um caso evoluiu para cura e três casos evoluíram para óbito. Ao todo 16 óbitos foram notificados - três foram descartados e dez continuam em investigação.
Entre os municípios com mais notificações de casos de SRAG destacam-se Cuiabá e Rondonópolis e Alta Floresta, com 72, 33 e 12 casos, respectivamente. Os demais casos estão distribuídos em 30 municípios mato-grossenses entre eles Várzea Grande, Cáceres Lucas do Rio Verde e Primavera do Leste.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que a influenza acomete de 5% a 10% dos adultos e de 20% a 30% das crianças, causando de três a cinco milhões de casos graves e 250.000 a 500.000 mortes todos os anos.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.