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Cidades Segunda-feira, 25 de Julho de 2011, 07:30 - A | A

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Segunda-feira, 25 de Julho de 2011, 07h:30 - A | A

VERTENTES

Assaltante de banco aparece também como assassino de jornalista

Delegado confirma informação de que ladrão enciumado teria matado Auro ida com tiros de pistola 380, no bairro Jardim Fortaleza

JORGE ESTEVÃO
[email protected]

 

Mayke Toscano/Hipernotícias
Delegado Antônio Garcia confirma ter recebido informação sobre assaltante

 

A Polícia Civil recebeu duas informações sobre o assassinato do jornalista Auro Ida, 53. Uma delas é que há envolvimento de um traficante e outra (esta mais recente) é em relação a participação de assaltante de bancos no crime. Auro foi executado com tiros de pistola, na madrugada de sexta-feira (22), em Cuiabá.

Ambas situações remetem ao motivo do crime: passional (motivado por paixão). As informações são do delegado Antônio Carlos Garcia, chefe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Segundo o delegado, o envolvimento de um traficante já vem sendo investigada, mesmo de forma precária por causa da greve de investigadores e escrivães, que já dura pouco mais de uma semana. Garcia afirma que o suspeito dominava a venda de drogas no Jardim Fortaleza, onde o jornalista foi executado. Não há informações, no entanto sobre o nome dessa pessoa, mas dificilmente ele ainda está naquela região, dominada pela violência.

ASSALTANTE

No sábado (23), Antônio Garcia recebeu outra informação. Um assaltante de banco seria o mandante ou autor dos tiros que mataram o jornalista. O delegado confirma essa nova vertente de investigação, que será ampliada quando houver acordo entre grevistas e governo.

“Esse novo suspeito estaria envolvido em assaltos a bancos em Mato Grosso. Todas informações são anotadas e devem ser investigadas”, afirma Garcia.

Para esta semana estão sendo esperados depoimentos da namorada de Auro, Bianca Naiara, 19 anos, e do ex-marido dela, Rubens Alves de Lima, 29. Ambos foram ouvidos no dia do crime, mas as tomadas de informações são informais.

CRIME POLÍTICO

O assassinato do jornalista levou muitas pessoas, inclusive colegas de profissão e autoridades do Executivo e Legislativo, em tratarem o crime com queima de arquivo, que são assassinatos cometidos por mando, geralmente contra pessoas que detém muitas informações sigilosas e comprometedoras. Auro publicava artigos no site Olhar Direto e abordava temas polêmicos. Em um deles criticou membro do Ministério Público Estadual.

A maioria das opiniões de amigos de Auro é que ele foi morto por ter incomodado alguma pessoa importante, tese esta que o delegado Antônio Garcia diz ser quase improvável. “Tudo leva a crer que o crime foi passional, não acho que tem conotação política”.

Mas a corrente que defende a tese de queima de arquivo prefere aguardar pronunciamento da autoridade responsável pelas investigações. E também quer que a Polícia Federal entre no caso, até porque investigadores e escrivães estão em greve.

Marcos Raimundo/HiperNoticias
DÚVIDAS

DÚVIDAS
Outra corrente, mas em minoria, defende que o crime teve motivação passional (paixão). Porém, também fica em dúvida sobre a forma como o autor do crime agiu: atirando para ter certeza que o jornalista havia morrido e o fato de usar uma pistola 380, arma utilizada por policiais civis e militares, com preço que varia entre R$ 2,5 mil a R$ 4 mil, consulta esta feita aos fabricantes Taurus e Imbel.

A pergunta é se o autor dos tiros, que poderia ser um homem enciumado, teria mesmo cometido o assassinato? E poderia agir de forma tão precisa para matar? E por que o uso de uma arma moderna?

MUDANÇA DE PERFIL

O coronel Zaqueu Barbosa, chefe do Comando Regional 1, que é o policiamento de Cuiabá, estuda há muito tempo o comportamento de assassinos. Segundo ele, já existe uma espécie de doutrina que estuda novos comportamentos de criminosos.

O coronel explica que a tese de um namorado ou marido enciumado não matar o rival e só se vingar na companheira não é mais um verdade completa. “Hoje em dia, com a crescente violência no mundo, não há mais esse comportamento. O ‘enganado’ vai lá, mesmo, e mata o concorrente”, disse o coronel.

Perguntado sobre o uso de uma arma sofisticada, o coronel afirma que em Cuiabá, igual ao resto do país, há aluguel de armas de todos os tipos. “Nós (policiais militares), quando há informações precisas, tentamos desmantelar essa atividade”, informou Zaqueu. “Atualmente o perfil de criminosos muda a todo instante”, completou.

 

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Maurício Barbant/AL MT

Maurício Barbant/AL MT

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