Um dos endereços da busca foi o do subsecretário de Gestão e Tecnologia de Praia Grande, Sandro Rogério Pardini. Com ele, foram apreendidos celular, computadores, três pistolas, R$ 50 mil em espécie, mil euros e 10 mil dólares em sua residência. Uma das linhas de investigação da polícia é de que a execução tenha sido motivada pelo trabalho que Ruy Fontes exercia à frente da Prefeitura.
A defesa de Pardini afirma que o servidor nega qualquer participação no crime que vitimou o ex-delegado-geral, e que o subsecretário está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.
"Destacamos que os objetos e bens apreendidos não possuem qualquer relação com os fatos, o que foi comprovado pela documentação juntada e confirmado nos esclarecimentos prestados por Sandro, frisa-se, ouvido na qualidade de testemunha. No mais, reforçamos que Sandro tem uma vida completamente voltada ao trabalho lícito e cuidado com a sua família", disse o advogado Octavio Rolim, por meio de nota.
A operação foi coordenada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso, e contou com apoio da Polícia Civil de Santos e Praia Grande. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços nos municípios de Santos, Praia Grande e São Vicente.
A Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-SP) optou por não fornecer mais detalhes "para garantir a autonomia do trabalho policial". "O DHPP segue apurando, rigorosamente, todas as circunstâncias do caso", informou a pasta.
Até o momento, quatro suspeitos já estão presos, incluindo Rafael Marcell Dias Simões, o Jaguar, homem apontado pelas investigações como um dos possíveis autores dos disparos que atingiram o ex-delegado. A defesa dele não foi localizada.
Também estão presos Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como "Fofão", Dahesly Oliveira Pires e William Silva Marques. Outros quatro suspeitos foram identificados e estão com mandados de prisão expedidos pela Justiça. Eles estão foragidos e são procurados. A reportagem não localizou as defesas dos suspeitos.
O assassinato do secretário completou duas semanas nesta segunda-feira. As investigações não chegaram ainda aos mandantes nem à motivação do crime. O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, no entanto, diz ter certeza de que o Primeiro Comando da Capital (PCC) está por trás do caso.
"Não resta dúvida do envolvimento do PCC, principalmente pela participação do Mascherano (um dos foragidos). O crime organizado participou da execução", afirmou Derrite em coletiva de imprensa realizada na última semana.
"A gente permanece com duas linhas de investigação sobre a motivação", diz o chefe da pasta, que cita o histórico de Ruy no combate ao PCC - ele foi o responsável por indiciar toda a cúpula da organização em 2006 - ou "a função atual como secretário de administração de Praia Grande", apontou o secretário.
(Com Agência Estado)
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