O prédio que abriga a Aprosoja Brasil (Associação de Produtores de Soja) foi alvo na manhã desta quinta-feira (14) de ataques de movimentos populares ligados à questão da terra. O presidente da entidade é o produtor de Sinop, Antonio Galvan, um dos líderes dos movimentos convocados pelo presidente Jair Bolsonaro para o dia 7 de setembro passado.
Os ataques incluíram a pichação do prédio com frases como “Soja não enche prato”, “Bolsonaro é fome”, “Aprosoja é fome”, “Agro é Morte”. A porta do prédio chegou a ser arrombada.
As pichações estão dentro e fora do prédio. As Organizações da Via Campesina Brasil assumiram a autoria dos ataques, e afirmaram se tratar de protestos contra o aumento da fome no Brasil e contra o protagonismo do agronegócio, que não resulta na redução da fome, da miséria e dos preços dos alimentos.
Ainda segundo a Via Campesina, a ocupação faz parte da “Jornada Nacional da Soberania Alimentar: Contra o Agronegócio para o Brasil não passar fome”.
A ação contou com a participação de cerca de 200 camponeses.
Participaram da ação o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a Pastoral da Juventude Rural (PJR), o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), a Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (CONAQ) e Movimento das Pescadoras e Pescadores Artesanais (MPP).
Procurada, a Aprosoja ainda não se manifestou oficialmente sobre o ato.
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PROTAGONISMO
Antônio Galvan assumiu destaque na véspera dos protestos bolsonaristas do dia 7 de setembro por sofrer medidas de buca e apreensão da Polícia Federal na sede da entidade e na sua residência, em Sinop. Ele é suspeito de ter financiado as mulicias digitais no compartilhamento de mensagens de ódio contra ministros do Supremo Tribunal Federal.
Ele nega as acusaões.
OUTRO LADO
Até a pubicação da reportagem a entidade ainda não havia se posicionado oficialmente sofre o protesto.
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