O projeto se deu com a criação do Instituto Terra, em 1998, para recuperar a floresta que originalmente existia onde ficava a fazenda da família de Salgado, em Aimorés, pequena cidade mineira. Ao todo, foram mais de dois mil hectares resgatados.
O financiamento do projeto foi feito parcialmente pela empresa mineradora Vale, o que também gerou ao longo dos últimos anos críticas ao fotógrafo, uma vez que a empresa causou uma das principais tragédias ambientais do Brasil, com o rompimento da barragem do Rio Doce.
"Em mais de 27 anos, nos tornamos uma ONG de referência mundial em restauração ecossistêmica, educação ambiental e desenvolvimento rural sustentável", afirma o instituto. "Estamos promovendo a recuperação ambiental, melhorando a qualidade de vida das comunidades e impulsionando a transformação social na bacia do Rio Doce.
"Até o começo de 2025, 2.346 hectares de Mata Atlântica já haviam sido recuperados e o instituto partia então para uma nova área a ser restaurada na bacia do Rio Doce. Além do plantio e limpeza de nascentes e afluentes do rio, o Instituto Terra também trabalha com conscientização e educação ambiental nas comunidades da região.
A Mata Atlântica é o bioma mais desmatado do Brasil. Em 2024, o desmate caiu 14%, mas o bioma ainda perdeu uma área de 71 mil hectares, mais de duas vezes a área de Paris. Além disso, uma recente emenda ao PL do licenciamento ambiental pode facilitar desflorestamento na Mata Atlântica.
Com a morte de Salgado, o Instituto Terra publicou que seguirá "honrando seu legado, cultivando a terra, a justiça e a beleza que ele tanto acreditou ser possível restaurar". Ao longo de sua carreira, o fotógrafo registrou as belezas naturais brasileiras e de outros locais do mundo.
(Com Agência Estado)
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