O balanço da operação foi apresentado no final da manhã desta terça-feira em Porto Velho pelo presidente nacional do Grupo de Combate ao Crime Organizado dos Ministérios Públicos nacionais, o procurador-geral de Justiça de Rondônia, Hewerton Aguiar, segundo o qual o total de desvios chega a R$ 1,140 bilhão.
Aguiar informou que a operação nos 12 Estados está de acordo com a Meta 18 do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que orienta o combate à improbidade administrativa e à corrupção. A data escolhida, por sinal, é simbólica: 9 de abril é o Dia Nacional de Combate à Corrupção.
A ação focou organizações criminosas suspeitas de desviarem recursos públicos em órgãos municipais e estaduais por meio de pagamento de propinas, superfaturamento de produtos e serviços, utilização de empresas fantasmas, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal, atividades que levaram ao enriquecimento ilícito de agentes públicos, ex-agentes públicos e empresários.
"Se os órgãos fiscalizadores fizessem um trabalho mais intenso, por meio de auditorias, em relação à verba pública que se gasta nas licitações, não haveria necessidade de megaoperações como a de hoje", disse o procurador, que destacou a participação de instituições como Tribunais de Conta dos Estados e CGU (Controladoria Geral da União) nas investigações que levaram às prisões e às apreensões.
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"Antes, a noção de crime organizado era só a de tráfico de drogas. Mas os tentáculos dessa organização agora subtraem dinheiro público e tiram a dignidade do cidadão", disseo procurador.
Ex-prefeito de Porto Velho é preso
Em Porto Velho, onde os números foram apresentados pelo procurador, foram presos o ex-prefeito da capital Roberto Sobrinho (PT) --afastado do cargo por suspeita de corrupção, em novembro do ano passado –, o ex-vereador e candidato derrotado a prefeito nas últimas eleições, Mário Sérgio (PMN), e o diretor administrativo e financeiro da Emdur (Empresa Municipal de Urbanização), Wilson Lopes.
Lopes foi apontado nas investigações como delator de um esquema de desvio de R$ 15 milhões na Emdur. Na Câmara de Vereadores de Porto Velho, o ex-prefeito foi alvo de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que o apontou como principal envolvido no desvio.
O UOL está tentando contato com representantes dos presos, mas, até o momento, ninguém foi localizado para comentar o assunto.
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