Lula tem tratado recorrentemente da possibilidade de disputar um quarto mandato. No último domingo, 1º, em evento do PSB, afirmou que, para ser candidato, "precisa estar 100% de saúde" como está hoje. "Se estiver bonitão do jeito que estou, apaixonado do jeito que eu estou e motivado do jeito que eu estou, a extrema direita não volta a governar este país nunca mais", declarou.
No entanto, segundo levantamento também da Genial/Quaest, após o escândalo das fraudes no INSS, a gestão petista atingiu em maio o maior nível de desaprovação neste terceiro mandato do presidente. O índice chegou a 57%, ante 40% que disseram aprovar o governo.
Bolsonaro, por sua vez, está inelegível até 2030 por determinação da Justiça Eleitoral e é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) sob acusação de tentativa de golpe. Porém, tem insistido em uma candidatura em 2026 e se mostra refratário a apoiar um sucessor. "Se eu não aparecer como candidato, é uma negação à democracia", disse o ex-presidente em gravação divulgada no mês passado.
Lulistas
Enquanto dois em cada três brasileiros afirmaram que Lula não deve concorrer à reeleição, 32% defenderam uma candidatura, segundo a Genial/Quaest. O porcentual dos contrários a um novo mandato era de 52% em dezembro de 2024; em março, passou para 62% e, agora, é de 66%. Já os defensores de uma candidatura eram 45% em dezembro, 35% em março e são 32% agora.
Mesmo entre eleitores que se dizem "lulistas ou petistas", há quem defenda a saída do presidente da disputa (15%). Entre os eleitores que se consideram mais à esquerda, mas não lulistas ou petistas, 37% declararam que o chefe do Executivo não deve se candidatar.
Nomes
Sobre Bolsonaro, 65% afirmaram que ele "deveria abrir mão da candidatura agora". Entre os eleitores de direita, 55% compartilham dessa opinião. Entre os citados como substitutos do ex-presidente em 2026, os mais lembrados foram o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 17%; e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), com 16%.
Foram ainda mencionados o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD); o influenciador Pablo Marçal (PRTB), que também está inelegível; o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil); o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD); o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL); e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).
Ainda segundo a pesquisa, são 45% os que disseram ter mais medo da volta de Bolsonaro do que da continuidade de Lula. Em março, eram 44% os que apontavam essa preocupação. De outro lado, são hoje 40% os que temem mais a continuidade do petista no cargo. Em março, eram 41%
Empate
Tarcísio e Ratinho Júnior cresceram na pesquisa e apareceram empatados tecnicamente em um eventual segundo turno contra Lula. O governador de São Paulo passou de 37% em março para 40%, enquanto o presidente oscilou no limite da margem de erro, de 43% para 41%.
O governador do Paraná também cresceu três pontos porcentuais e chegou a 38%, ante 40% do presidente. Testado pela primeira vez e agora filiado ao mesmo partido de Ratinho Jr., Leite registrou 36%, empatando com Lula (40%) no limite da margem de erro. Michelle também empata tecnicamente com o petista - ele tem 43% e ela, 39%.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
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