Esse é mais um capítulo da crise interna do partido que começou em outubro e culminou com a desfiliação do presidente Jair Bolsonaro, que trabalha agora para criação do novo partido Aliança pelo Brasil.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu na terça-feira, 10, que os 14 deputados do PSL punidos pela Executiva do partido deixarão de contar para efeitos de bancada enquanto durar a suspensão anunciada pela legenda, que varia de 3 a 12 meses dependendo do parlamentar. A decisão determina, entre outras coisas, o afastamento desses deputados das funções de liderança e vice-liderança.
Apesar de perder a liderança, Eduardo mantém o cargo de presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, para o qual foi eleito.
A bancada do PSL na Câmara, no entanto, será reduzida de 53 para 39 deputados. Com isso, o partido terá reduzido de 3 para 2 o número de destaques - tentativas de mudar o texto - que poderá apresentar em Plenário. O tempo de líder também será reduzido em 1 minuto: de 7 minutos para 6 minutos.
A bancada volta a aumentar assim que acabarem as punições impostas pelo partido.
Disputa
A disputa entre os dois grupos criados no PSL, os "bolsonaristas", ligados a Jair Bolsonaro, e os "bivaristas", do presidente do partido, Luciano Bivar (PE), tem como pano de fundo o controle dos recursos recebidos pelo PSL, que cresceu exponencialmente de um para 52 deputados no ano passado. A estimativa é de que o partido recebe uma quantia próxima de R$ 1 bilhão em recursos públicos até 2022.
(Com Agência Estado)
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