Os interrogatórios do "núcleo crucial" foram conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
O jornal britânico The Guardian destacou que, embora tenha negado a tentativa de golpe, Bolsonaro admitiu ter avaliado dispositivos da Constituição para contestar o resultado da eleição. "Estudamos possibilidades outras dentro da Constituição. Ou seja, jamais saindo das quatro linhas", disse Bolsonaro durante o interrogatório.
O jornal registrou que Bolsonaro transformou seu interrogatório em "plataforma política" e que, apesar das expectativas de um embate com Moraes, acabou pedindo desculpas ao ministro por acusações infundadas sobre a Justiça Eleitoral.
Assim como o The Guardian, o El País, da Espanha, publicou que o interrogatório se tornou em "comício" do ex-presidente, sobretudo pela primeira resposta, na qual fez uma longa exposição sobre os feitos de sua gestão no governo federal. O interrogatório de Bolsonaro, conduzido por Moraes, foi descrito pela publicação como "o duelo mais aguardado dos últimos tempos" no Brasil.
A rádio americana NPR descreveu o julgamento sobre a tentativa de golpe como "histórico". "É a primeira vez na história do Brasil que um ex-chefe de Estado está sendo julgado por tentar derrubar o governo", registrou a emissora dos Estados Unidos. Moraes é apresentado na reportagem como uma "figura polarizadora" que enfrenta críticas de Bolsonaro, do empresário Elon Musk e do presidente dos EUA, Donald Trump.
Com informações da agência Associated Press, o jornal Washington Post, dos Estados Unidos, destacou a fala em que Bolsonaro chama de "malucos" os que clamavam por intervenção militar e AI-5 nas manifestações em frente aos quartéis após as eleições de 2022.
A reportagem registrou que Bolsonaro "parecia tranquilo" ao ser interrogado e que Moraes conseguiu concluir todos os interrogatórios do "núcleo crucial" nesta terça-feira, um ritmo "célere" que pode resultar em uma sentença no segundo semestre do ano.
(Com Agência Estado)
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