No último sábado, 19, imagens de satélite divulgadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostraram a intensidade das queimadas no Pantanal, com a chegada de grandes nuvens de fumaça a Argentina, Bolívia, Paraguai, Peru e Uruguai.
De acordo com o pesquisador e analista do Programa Queimadas do Instituto, Pedro Lagden, o fenômeno é comum, em particular nas estações outono e inverno, em decorrência da combinação de uma frente fria organizada na região sul do Brasil e a circulação anticiclônica (sentido anti-horário) dominando a região central do País e do continente.
No entanto, quanto maior o volume de queimadas, maior pode ser o alcance destas nuvens. "As grandes nuvens de fumaça resultam das queimadas - não só na Amazônia e Pantanal brasileiros, como também nestes biomas em outros países, no Cerrado e no Chaco paraguaio", explica Lagden.
Ainda pelas imagens do Inpe é possível identificar que as ondas de fumaça se deslocam também para outros estados brasileiros como Acre, Amazonas, Goiás, Maranhão, Pará, Rondônia, São Paulo e Tocantins.
Chuva tóxica
Junto com a fumaça, os ventos levam ainda partículas liberadas pelas plantas durante as queimadas, ocasionando fenômenos como a de "chuva escura", composta por substâncias tóxicas. Gases como o dióxido de nitrogênio, monóxido de carbono e hidrocarbonetos voláteis estão entre estas substâncias que, ao entrarem pelo sistema respiratório, podem ocasionar uma série de efeitos nocivos ao organismo.
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.