Em entrevista ao Estadão, o jovem relatou o drama enfrentado. "Foi uma situação desesperadora. Quando percebi, já tinha muita gente envolvida. Realmente, achei que queriam me matar. Foi algo de dois a três minutos. Ninguém tentou separar. Foi quase um linchamento", afirmou ele.
Confusão na hora de pagar a conta
Oliveira conta que foi ao karaokê para parabenizar um amigo que estava comemorando aniversário. Ele disse que ficou no máximo 30 minutos no local. Quando decidiu ir embora, se deparou com uma fila gigantesca.
"Fui lá apenas pelo meu amigo. Comi um lanche. Não tinha a intenção de beber e de permanecer na casa, até porque tinha viagem marcada para Minas Gerais, ainda no domingo de manhã, onde iria comemorar o aniversário da minha avó de 80 anos. Ou seja, em momento nenhum eu queria entrar em briga ou atrito. Estava realmente questionando sobre a superlotação e fila gigantesca para pagar a conta. Inicialmente, pedi apenas para sair, pois estava passando mal", afirmou ele.
"Eu comecei a passar mal e apenas pedi ajuda aos funcionários para conseguir sair mais rápido do local, pois a fila estava muito grande. Perguntei se poderiam me ajudar, vieram com falta de educação e eu questionei que era inadmissível a casa com o tamanho que tem ter apenas um caixa funcionando", disse ele.
Ele destaca que fez a solicitação de forma educada. "Mas algumas pessoas acharam que eu estava sendo folgado e aí virou esse caos todo."
Logo em seguida, o cenário de violência se iniciou, com o empresário sendo agredido por um desconhecido com um soco no rosto. "Ao tentar me defender, a situação saiu do controle. Seguranças e funcionários, que deveriam proteger os clientes, se juntaram e passaram a me agredir brutalmente com socos, empurrões, chutes, inclusive, na cabeça, mesmo quando eu já estava caído no chão", disse.
Ele conta ainda que o namorado dele e outras pessoas presentes tentaram ajudá-lo, mas também acabaram sendo agredidos. "Meu namorado também tentou me defender. Mas eu tive que sair de lá correndo. Informaram que estavam armados lá. Há provas. Também recebi mensagens de pessoas que disseram que poderiam me prestar apoio, caso precisasse."
Segundo ele, tudo aconteceu por causa de um soco que levou de uma pessoa desconhecida. "Nem sei quem era essa pessoa. Lembro de levar o soco e revidar. Depois, levei muitos socos atrás. No reflexo, dei outro soco, na tentativa de me defender, e era uma menina, que trabalhava no local e não estava em nenhum momento participando da conversa no momento eu que eu estava tentando fazer o pagamento da conta. Depois, seguranças vieram para cima de mim. Por um deslize, também atingi, sem querer, uma pessoa da casa", afirmou ele.
Oliveira disse que, além de fazer o boletim de ocorrência, foi ao hospital para tomar soro e fazer curativos necessários. Também seguiu até o Instituto Médico Legal (IML) para a realização de exames.
"Ainda sinto muitas dores nos dentes. Vou precisar fazer uma ressonância magnética. Também fui ao oftalmologista, porque estou com o olho muito ruim ainda."
O jovem criticou o serviço prestado aos clientes no karaokê Siga La Vaca e reforçou que irá buscar imagens de câmeras de segurança. "Eu só quero as câmeras de segurança do local para provar que estou correto. Eles estão inventando mentiras, falando coisas absurdas para terceiros, que eu queria sair sem pagar a conta e que a briga foi fora do local. Ninguém me procurou."
Caso foi registrado como lesão corporal
Conforme a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, dois homens, de 29 e 26 anos, foram agredidos na madrugada de domingo por volta das 2 horas da manhã dentro da casa noturna no bairro da Santa Cecília, região central de São Paulo.
De acordo com o boletim, a confusão começou após um desentendimento na fila do caixa quando um dos frequentadores, no caso, o empresário, de 29 anos, pediu para pagar a conta na frente dos demais clientes, alegando estar passando mal.
"Ele foi agredido com um soco por outro cliente e, em seguida, também por uma funcionária. Os seguranças foram acionados e passaram a agredir os dois homens", disse a SSP.
No decorrer da ocorrência, segundo a pasta, uma funcionária de 20 anos também disse que foi agredida com um tapa no rosto por um cliente, que negou a agressão e afirmou ter encostado nela de forma acidental.
As vítimas receberam requisições de exame no IML, sendo o caso registrado como lesão corporal no 2º Distrito Policial (Bom Retiro).
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.