Estado sabia que vítima de estupro coletivo corria risco há três anos
EXTRA
X. é vítima. De um estupro coletivo. Do linchamento público. E, desde o dia 31 de julho de 2013, de um sistema que não consegue preservar uma geração de jovens cariocas de uma adolescência marcada pela violência. Um coquetel em que se misturam a situação de vulnerabilidade social, o avanço no uso de drogas em áreas dominadas pelo tráfico e a falta de estrutura do estado para cuidar de uma legião de adolescentes.
Márcia Foletto
Em julho de 2013, um relato enviado ao Disque Denúncia já conta a história de X. Não estudava. Não conseguia cuidar do filho, recém-nascido. Agredia fisicamente o pai. E verbalmente a mãe. Em “bailes se relacionava com homens desconhecidos, se expondo a riscos”. Tinha apenas 13 anos. No dia 5 de agosto de 2014, chegou ao projeto Casa Viva, uma instituição criada para cuidar de jovens usuários de drogas. Foge. Fora apreendida após um pedido judicial de busca e apreensão. Atitudes formais e legais foram tomadas. Mas, na prática, nada disso resolveu o problema de X., o mesmo de milhares de jovens.
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