O procurador da República Guilherme Diego Rodrigues Leal atribui a 'Colômbia' homicídio duplamente qualificado - motivo torpe e sem chance de defesa para as vítimas. Ele está preso e é investigado por pesca ilegal, contrabando e tráfico de drogas.
O processo tramita em sigilo na Subseção Judiciária Federal de Tabatinga (AM), que vai decidir se recebe ou não a acusação.
A Polícia Federal apontou que o crime foi encomendado porque o trabalho de Bruno Pereira, que treinava indígenas para fiscalização e vigilância do território, e de Dom Phillips, que documentava a Amazônia, estava causando prejuízo financeiro ao esquema de pesca clandestina na região.
Bruno e Dom desapareceram no dia 5 de junho de 2022, durante uma viagem à Amazônia. Os restos mortais só foram encontrados dez dias depois. A perícia concluiu que eles foram assassinados a tiros, esquartejados, queimados e enterrados no Vale do Javari.
Três pescadores foram presos na fase inicial da investigação. Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, que confessou o crime e indicou o local onde os corpos foram enterrados; o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como 'Dos Santos'; e Jeferson da Silva Lima, o 'Pelado da Dinha'. Todos teriam participado diretamente do crime e serão levados a júri popular.
Um segurança particular do traficante foi preso em dezembro de 2023. E Jânio Freitas de Souza, seu principal comparsa, detido pela Polícia Federal em janeiro.
Autoridades também vinham sendo investigadas, em um inquérito apartado, por suspeita de omissão na fiscalização e segurança dos indígenas no Vale do Javari. A Polícia Federal chegou a indiciar o ex-presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Marcelo Xavier, que comandou o órgão no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.